domingo, 21 de outubro de 2012

XXIXº DOMINGO COMUM- Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos!


Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!
      Reunidos com os Apóstolos na Última Ceia, para que a memória da Cruz salvadora permanecesse para sempre, ele se ofereceu a vós como cordeiro sem mancha e foi aceito como sacrifício de perfeito louvor. (Prefácio da Santíssima Eucaristia, II)
Foto: No Evangelho ouvimos o pedido de Tiago e João, filhos de Zebedeu: Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir: Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória. Jesus é duro e solene: Vós não sabeis o que pedis. O que será pensavam aqueles dois apóstolos? Certamente que Nosso Senhor ao chegar em Jerusalém destruísse a tirania do Império Romano e tomasse o lugar de César.  Aqueles dois estavam quando no Monte Tabor, o Senhor, mostrou-lhes a verdadeira glória: sua crua paixão e radiosa ressurreição. A hora bendita da glorificação do Divino Mestre: a cruz. Dão-lhe por trono o madeiro, por coroa, espinhos por cetro o trespassar da lança do soldado. ‘’Este é o Rei dos Judeus!’’ Eis o Rei manso que diferente dos reis romanos, que passavam sob os basileus, indicando a supremacia, desceu à planície do sofrimento para subir a’ltura  do Monte Calvário. Jerusalém! Este é o teu Rei! Israel Novo, Igreja, Cidade do Altíssimo.  
    Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado? Jesus, com estas perguntas, anuncia de modo solene a sua morte, o ‘’dia em que o Esposo será tirado’’ beber o cálice do escárnio, da amargura como que o fel e o vinagre que lhe deram quando naquela hora o Cordeiro Pascal era imolado. Na sua suprema agonia ainda pedira ao Pai que afastasse o cálice da dor, mas, com resiliência total, submeteu-se! E o Batismo de Jesus?  É o seu sangue derramado até a última gota. ‘’Tudo está consumado!’’ Pronto! Eis o esclarecimento para quem deseja segui-lo. Derramar-se e quebrar-se por inteiro! Como diz São Paulo: Faço tudo para ter parte no Evangelho! 
     Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas, entre vós não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo, quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos. Há lógica nessas palavras de Nosso Senhor? Vejamos! Não!  Esta exortação é literalmente misteriosa. E ainda o é! César entendê-la-ia? Pôncio Pilatos? Os fariseus? Os Mestres da Lei? Os Anciãos do Povo? Não! Só pode compreendê-la e bem-aventurado o é! Quem foi capaz de deixar-se atrair pela força renovadora da Páscoa do Pelicano Jesus. O que nos recorda esta dita de Jesus ao Colégio dos Apóstolos, portanto, à Igreja, para nós cristãos? O gesto sacerdotal antecipado no lava-pés. Depõe o manto e cinge-se com o avental. Ele! O Servo Obedientíssimo! Sacrossanta lição para nós! Quando pensarmos em nos querermos cravemos o nosso olhar no madeiro. Lá é o vosso e o meu lugar! Quebremo-nos, como uma oferta agradável e salutar e assim nos unamos aos benefícios do martírio do Senhor nosso. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos. A obra sacerdotal de Cristo é o seu serviço, ou seja, a oblação total ao Pai em obséquio do homem. Tal qual o grão de trigo assim fora o nosso Divino Salvador! Foi até a Ara da Cruz, aonde lá, segundo Santo Agostinho ''ensinou como Mestre.''
     
    É de importância suma entendermos que a Santa Missa, a Sagrada Liturgia, é o sacrifício do Redentor Jesus.  Demasiado vazio o é compará-la a uma ‘’festinha’’ ou, até mesmo, a interpretação errônea que muitos Lha dão como um ‘’banquete’’. Não! A Missa é o ‘’zikkáron’’ a memória atualizada; presente do ato salvífico de Nosso Senhor Jesus Cristo. Como todos os dias escutamos, segundo as palavras do Senhor, quando antes de torná-lo cruento, o institui incruentamente, para, assim conosco permanecer, até a parusia no ‘’Dia Final!’’
     
     A Missa é um sacrifício em forma de banquete. A mesa é o altar. Sim! A lembrança fidedigna da ara do lenho da cruz. É o lugar por antonomásia da oblação. O Mistério Pascal do Filho de Deus é a eternidade em meio a nós. Seria muito ínfimo compará-lo às alegrias momentâneas desta vida de transeuntes. É uma alegria incomensurável da qual não existe, por mais que busquemos alegorias, da eternidade! Por isso admoesta-nos a Igreja que a Eucaristia é o penhor da glória futura.
      
     Na missa dar-te tu, ó Senhor, por inteiro! Todo como estiveste em Maria Virgem, Todo como estiveste na cruz! Radioso Ressuscitado, Tu que estás à destra do Pai, ‘’mas, refulges em os nossos tabernáculos como Sacramento da Caridade, único e mesmo quando da vez que apareceste à Maria, a Pedro, a Dídimo! Hoje nos aparece no altar, antegozo da vida do alto, para um dia ver-te face a face, Piedoso Pelicano!
     
       A Liturgia da Palavra deste Vigésimo Nono Domingo Comum nos apresenta a misteriosa e venerável imagem, no Antigo Testamento, do ‘’Servo Obediente’’. O quarto cântico, que, todos os anos, na Semana Santa, a Igreja, pedagogicamente, põe em nossos ouvidos, cujo ápice é lido na Sexta-Feira da Paixão do Senhor com o cântico quarto, consoante o Profeta Isaías. Os cânticos do Servo Sofredor é uma literatura riquíssima com uma adversidade de significados. À princípio trata-se do próprio profeta, depois caracteriza, justamente, a predileção e o amor de Deus por sua Vinha, por Israel. Ao vislumbrarmos o mistério da encarnação, paixão e morte do Filho de Deus, vemos com clarividência o cumprimento dessa tremenda profecia . O Senhor quis macerá-lo com sofrimentos (...) fará cumprir com êxito a vontade do Senhor. Meu servo, o justo, fará justos inúmeros homens, carregando sobre si suas culpas. 
       
       No Cristo, o Unigênito, a vida do gênero humano foi refeita, destarte o sofrimento tornou-se oferta para a reconciliação e abolição do julgo da Antiga Lei, o pecado original. ‘’A verdade é que ele tomava sobre si nossas enfermidades e sofria, ele mesmo, nossas dores; e nós pensávamos fosse um chagado, golpeado por Deus e humilhado! Mas foi ferido por causa de nossos pecados, esmagado por causa de nossos crimes; (...) foi maltratado, e submeteu-se, não abriu a boca; como cordeiro levado ao matadouro ou como ovelha diante dos que a tosquiam, ele não abriu a boca.(...) Sendo contado como um malfeitor; ele, na verdade, resgatava o pecado de todos e intercedia em favor dos pecadores. O Servo, por antonomásia, é também o sacerdote, a vítima e o altar. Verificamos na Epístola aos Hebreus: (...) temos um sumo-sacerdote capaz de se compadecer de nossas fraquezas, pois ele mesmo foi provado em tudo como nós, com exceção do pecado. Jesus é o mediador entre nós e o Pai. Sendo exteriormente reconhecido como homem, humilhou-se ainda mais, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz. Esvazia-se completamente para encontrarmos no testamento da caridade encerrada na oferta da cruz,  o próprio Deus. Eis a máxima: De tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna. 
    
      No Evangelho ouvimos o pedido de Tiago e João, filhos de Zebedeu: Mestre, queremos que faças por nós o que vamos pedir: Deixa-nos sentar um à tua direita e outro à tua esquerda, quando estiveres na tua glória. Jesus é duro e solene: Vós não sabeis o que pedis. O que será pensavam aqueles dois apóstolos? Certamente que Nosso Senhor ao chegar em Jerusalém destruísse a tirania do Império Romano e tomasse o lugar de César.  Aqueles dois estavam quando no Monte Tabor, o Senhor, mostrou-lhes a verdadeira glória: sua crua paixão e radiosa ressurreição. A hora bendita da glorificação do Divino Mestre: a cruz. Dão-lhe por trono o madeiro, por coroa, espinhos por cetro o trespassar da lança do soldado. ‘’Este é o Rei dos Judeus!’’ Eis o Rei manso que diferente dos reis romanos, que passavam sob os basileus, indicando a supremacia, desceu à planície do sofrimento para subir a’ltura  do Monte Calvário. Jerusalém! Este é o teu Rei! Israel Novo, Igreja, Cidade do Altíssimo. 
   
        Por acaso podeis beber o cálice que eu vou beber? Podeis ser batizados com o batismo com que vou ser batizado? Jesus, com estas perguntas, anuncia de modo solene a sua morte, o ‘’dia em que o Esposo será tirado’’ beber o cálice do escárnio, da amargura como que o fel e o vinagre que lhe deram quando naquela hora o Cordeiro Pascal era imolado. Na sua suprema agonia ainda pedira ao Pai que afastasse o cálice da dor, mas, com resiliência total, submeteu-se! E o Batismo de Jesus?  É o seu sangue derramado até a última gota. ‘’Tudo está consumado!’’ Pronto! Eis o esclarecimento para quem deseja segui-lo. Derramar-se e quebrar-se por inteiro! Como diz São Paulo: Faço tudo para ter parte no Evangelho!
        
      Vós sabeis que os chefes das nações as oprimem e os grandes as tiranizam. Mas, entre vós não deve ser assim: quem quiser ser grande, seja vosso servo, quem quiser ser o primeiro seja o escravo de todos. Há lógica nessas palavras de Nosso Senhor? Vejamos! Não!  Esta exortação é literalmente misteriosa. E ainda o é! César entendê-la-ia? Pôncio Pilatos? Os fariseus? Os Mestres da Lei? Os Anciãos do Povo? Não! Só pode compreendê-la e bem-aventurado o é! Quem foi capaz de deixar-se atrair pela força renovadora da Páscoa do Pelicano Jesus. O que nos recorda esta dita de Jesus ao Colégio dos Apóstolos, portanto, à Igreja, para nós cristãos? O gesto sacerdotal antecipado no lava-pés. Depõe o manto e cinge-se com o avental. Ele! O Servo Obedientíssimo! Sacrossanta lição para nós! Quando pensarmos em nos querermos cravemos o nosso olhar no madeiro. Lá é o vosso e o meu lugar! Quebremo-nos, como uma oferta agradável e salutar e assim nos unamos aos benefícios do martírio do Senhor nosso. Porque o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida como resgate para muitos. A obra sacerdotal de Cristo é o seu serviço, ou seja, a oblação total ao Pai em obséquio do homem. Tal qual o grão de trigo assim fora o nosso Divino Salvador! Foi até a Ara da Cruz, aonde lá, segundo Santo Agostinho, ''ensinou como Mestre''

domingo, 7 de outubro de 2012

XXVIIºDOMINGO COMUM- ''O que Deus uniu o homem não separe!''


      A Igreja celebra o Vigésimo Sétimo Domingo do Tempo Ordinário. É preciso robustecer a  nossa feliz esperança que herdamos quando do dia do nosso Batismo e a cada domingo experimentamos o antegozo da vida quão bem-aventurada, a eternidade. Passando o mundo de transeuntes chegue, em sua plenitude, o Reino de Deus, ou seja, o advento definitivo do Ungido do Senhor.
      A Liturgia da Palavra propõe-nos o lecionário do Livro dos Gênesis (cf.2, 18-24), Salmo 127, a Epístola aos Hebreus( cf. 2, 9-11) e o Evangelho de São Marcos( 10, 2-16). À primeira leitura ouvimos a narração em que após Deus plasmar Adão à sua imagem e semelhança, outorga-lhe a administração das outras criaturas. ‘’Então o Senhor Deus formou da terra todos os animais selvagens e todas as aves do céu, e trouxe-os a Adão para ver como os chamaria; todo ser vivo teria o nome que Adão lhe desse.’’ Contemplamos aqui a primazia do homem. Dentre as criaturas, feitas do nada, o ser humano, dotado de predicativos únicos, a saber: a inteligência, a vontade e a liberdade, é vocacionado, através do ato criador do amor, a contribuir com o desenvolvimento do cosmos, cuja mácula do pecado original, sujeitou toda a criação.
     Na paulatina história da criação aprouve ao Onipotente confiar ao homem, como afirma o texto sagrado, ‘’uma auxiliar semelhante a ele’’ diante das obras criadas, nenhuma, ainda, o era semelhante. Então. Eis! ‘’O Senhor Deus fez cair um sono profundo sobre Adão. Quando este adormeceu, tirou-lhe uma das costelas e fechou o lugar com carne. Depois, da costela tirada de Adão, o Senhor Deus formou a mulher e conduziu-a a Adão. E Adão exclamou: Desta vez, sim, é osso dos meus ossos e carne da minha carne!’’ Quão misteriosa e estupenda é esta passagem da Escritura! Como compreendê-la? Qual a via? Qual a acessibilidade? Ei-la pois: o entranhado e único Amor. Deus, a Trindade Santíssima!
   ‘’A mulher, ‘’carne de sua carne’’, isto é, um auxílio.(cf. CIC-1605) No mistério da criação, o Senhor, dá ao homem uma companheira. Eva, a mulher, a vivente. A unidade de ambos é relacionada com uma ordem:’’o homem deixará seu pai e sua mãe e unir-se-á à sua mulher, e eles serão uma só carne.’’ A partir desta, observar-se, um querer divino à raça dos nossos primeiros pais, a família humana e que se perpetua até aos nossos dias. É bem verdade e evidente que na conjuntura da sociedade atual o vocábulo ‘’família’’ é ilusoriamente e outrossim inverossímil pluralizado. Admoesta-se os nossos filhos com uma gama de conceitos e tipos. Família, a saber, é a união, através da aliança matrimonial, do homem com a mulher, a fim de garantir a perpetuação da prole, conforme a bendita dita do Senhor:’’ Crescei e multiplicai-vos’’ . Existem muitos que referem-se a esta realidade como retrógrada e inconcebível à mentalidade do século vinte e um. Ademais há uma série de afirmações. Quais, deveras, os pseudos-intentos aí manifestados? A banalização da instituição mais sagrada e célula-mater da sociedade que é a família, subtraindo o arcano desejo de Deus que a união entre o homem e a mulher fossem elevados à dignidade de Matrimônio, cuja prefiguração, vê-se na criação dos mesmos.
     No Salmo Responsorial vemos de maneira poética, o salmista, tercendo elogio a Israel: ‘’A Tua esposa é uma videira bem fecunda no coração da tua casa, os teus filhos são rebentos de oliveira ao redor de tua mesa.’’ O sacramento do Matrimônio, bem como o sacramento da Ordem, estão inscrito na listas dos sacramentos de serviço e missão, destarte, a aliança conjugal é destinada à formação da família, a educação humana e cristã dos filhos, como, quando no dia em que diante de Deus, da Igreja e da assembleia, dois cristãos, numa só carne, prometeram, na aliança matrimonial que é indissolúvel, educar a sua prole na Lei de Deus e da Igreja.
   À segunda leitura, extraída da Epístola aos Hebreus, a referente missiva, consoante alguns estudos exegéticos, é atribuída ao apóstolo São Barnabé, outros, ainda, afirmam pertencer a uma coletânea de homilias de uma grupo de sacerdotes. A epístola é um tratado, cujo tema central é o sacerdócio de Cristo. Comparado a Melquisedec e aos levitas. Cristo Jesus, Senhor nosso, é o sacerdote por antonomásia, pois é Nele mesmo que o Pai realiza a reconciliação do Gênero humano mediante a sua oferta na ara da cruz. Para gesto quão solene e único, fora preciso que, se fizesse homem, ‘’viveu em tudo a condição humana, exceto o pecado .’’  ‘’Convinha de fato que aquele, por quem e para quem todas as coisas existem, e que desejou conduzir muitos filhos à glória, levasse o iniciador da salvação deles à consumação, por meio de sofrimentos.’’ O nosso sacerdote Jesus, com uma carne semelhante a nossa, nos remiu e por conseguinte deu-nos com a oblação de sua vida na árvore da cruz a acessibilidade da eternidade, perdida com a primeira queda. ‘’Um por todos ele aceitou ser pregado na cruz.’’ Assim reza a Igreja num dos prefácios da paixão. Cristo, o Sumo e Eterno sacerdote, continua nos altares, a perpetuar, através do ministério dos sacerdotes, a obra consumada na cruz, ‘’pois todas às vezes que participamos da Eucaristia torna-se presente a nossa redenção’’.
   No Evangelho, a seita dos fariseus, quer apanhar Jesus nalguma palavra a fim de condená-lo, logo acorrem a Lei de Moisés, interpretando-a de forma dúbia, perguntando se era permitido ao homem divorciar-se de sua mulher. Nosso Senhor, logo, censura-os: ‘’ Foi por causa da dureza do vosso coração que Moisés vos escreveu este mandamento.’’ Jesus é solene e preciso com esta pontuação. Os fariseus estavam condicionados ao legalismo incapazes de reconhecer que o Messias prometido nas Escrituras realizava-se em Jesus. A condição da unidade entre o homem e a mulher numa só carne é elevada a dignidade de Matrimônio, ou seja, sinal da graça de Deus, nas palavras do Senhor: ‘’(...) desde o começo da criação Deus os fez homem e mulher. Por isso, o homem deixará seu pai e sua mãe e os dois serão uma só carne. Assim, já não dois, mas uma só carne. Portanto, o que Deus uniu, o homem não separe!’’
    O estabelecimento da aliança conjugal é tido como o tipo da união de Cristo com a Igreja-Esposa na aliança do calvário como bem ressalta São Paulo  na carta aos Efésios: ‘’Maridos, amai as vossas mulheres, como Cristo amou  a Igreja e se entregou por ela.’’ A vivência do sacramento do matrimônio só pode ser entendida à luz do Mistério Pascal, ou seja, na mútua e total entrega que os cônjuges são chamados a fazer. O sacrifício dos esposos é a via de santificação e participação à paixão do Redentor. Para o mundo hodierno esta concepção não existe, sobretudo, àqueles, que veem o casamento como uma simples união abstraindo o predicativo de sacramento.
     Confiemos na Celebração da Sagrada Eucaristia, no altar, signo da aliança do Senhor com a Igreja, os nossos casais para que, não obstante as adversidades da missão confiada, nutram suas vidas com o Sagrada Eucaristia, e, como no dia em que se entregaram um ao outro em Matrimônio mereçam a companhia dos santos na glória dos céus. Ao Cristo, sempiterno Rei, a soberania e a adoração pelos séculos infindos. Amém!
      


quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Tempo: construção da existência do homem de instantes em instantes em direção a Deus


         ''Senhor quem é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho? Pouco abaixo dos anjos o fizeste, coroando-o de glória e esplendor. Caríssimos 
         Irmãos que caras palavras são estas do Salmo Oitavo que, associadas a outras, são dignas de aspirações existenciais. Ei-las: Há um tempo para tudo debaixo da terra. Tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo para plantar e tempo para colher. Tempo de sorrir e tempo de chorar. Tempo de fazer guerra e tempo para dá a paz'. A Liturgia ferial da semana passada colocava em nossos ouvidos estas verdades do Eclesiastes? Que é o tempo? Para que o tempo?

       
           Ligeiramente, às vezes, exclamamos: ''Como passou ligeiro o tempo!'' Há uma gama de realidades que o constitui: as lembranças, as analogias, as marcas de expressão, o crescimento, as circunstâncias, as perdas, as relações, as amizades. Bendito o tempo. Sem ele, o que seria da nossa existência? Precisamos dele para nos organizarmos nos diversos âmbitos que envolvem esta vida de sonhadores.

       
       Mas, irmãos meus, na realidade tudo aqui é tempo quer seja de um ângulo, quer seja do outro. O Tempo é o intervalo entre o homem, as suas concepções e ações. Que palavras caras a do Eclesiastes! Tempo para isto! Tempo para aquilo! Os nossos pais e avós costumam exclamar:' Deus é o Senhor do tempo!' Esta, deveras, é possuidora duma verdade de fé augustíssima. Ele,só Ele! Rege o tempo, portanto é Senhor. Na natureza soube caracterizá-lo mediante as quatro estações assinalando-as com as características peculiares. Para a primavera o perfume das flores e a sua beleza, para o Outono o cair discreto das folhas caducas e o desabrochamento dos frutos, para o inverno as chuvas para alagar os mananciais, irrigar os solos, para o Verão que os raios do Sol fossem mais expressivos. Ele é a Sabedoria! 

        
      Eis que chegada a plenitude dos tempos, Ele, que é o 'Alpha e Ômega', cujo princípio não existe e tampouco fim. O Sempiterno entrou nas realidades finitas do ''Kronos''' para que no seu ''kairós'' o bicho-adão torna-se imortal, transcendente aos demais seres vivos. Ei-lo: o Verbo encarnado. E, como diz a Escritura, precisamente o Prólogo do Evangelho de São João: ''Ela (a Palavra) fez tudo, sem Ela nada do que existe seria feito.'' Já noutra passagem exclama-se: ''Nele nos movemos, existimos e somos!''

      
       Irmão meu da pia batismal, cujas entranhas, é o útero, a Mãe Católica, a Santa Igreja. A nossa vida é superabundante a esta peregrinação. No Adão Jesus Cristo, Deus de Deus santíssimo, recebemos a imortalidade e com ela nos tornamos coerdeiros do nosso Santíssimo Salvador. Ele que não é tempo, mas o Dia sem ocaso. A Eternidade, o Cristo Total, no qual permanece tu e eu. Lembremos do dia solene da Ascenção de Jesus. Subira Ele e assentara-se à destra do Pai, por isso dissera: ''Vou lhes preparar um lugar'' Quando vai o nosso Salvador glorificado, o Adão Novo, Cristo Jesus, vai a humanidade do Adão primeiro, recapitulada nos méritos da Páscoa, como nos faz rezar a Igreja: ' Ó Deus, Ascensão do vosso Filho já é a nossa vitória!' A sede bendita do'' antrophos'' não é sacidada nesta vida. É sempre engano. Lembremo-nos da mulher da Samaria que sempre ia ao poço de Jacó. Lembremos de nós quando das vezes que pomos o nosso cântaro no poço das vaidades. ''Vanitas vanitarum!'' Ó vaidade das vaidades! Tudo é vaidade!'' Tudo desta vida é ilusão. ''Vai-se uma geração e logo após vem outra'' 

       É no Filho de Deus que a sede nossa é saciada. É esta a busca dos homens de sempre que nas vãs filosofias e ideologias de autossuficiência julgam, aparentemente, gozar da satisfação. Isto é vidinha! É marasmo! No tempo, busquemos o consumador da nossa fé como os três primeiros, dos doze, Pedro, André e João acharam. ''Era por volta das quatro da tarde!''

Oxalá vejamos o Dia do Senhor em que, como diz o Apocalipse de São João, ''não precisará mais da luz do sol, pois Ele mesmo será a luz!'' Ao primogênito dentre os mortos, louvor e a eternidade. Amém!
Foto: O Tempo: construção da existência do homem de instantes em instantes.
   ''Senhor quem é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho? Pouco abaixo dos anjos o fizeste, coroando-o de glória e esplendor. Caríssimos irmãos que caras palavras são estas do Salmo Oitavo que, associadas, às outras são dignas de aspirações existenciais. Ei-las: ''Há um tempo para tudo debaixo da terra. Tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo para plantar e tempo para colher. Tempo de sorrir e tempo de chorar. Tempo de fazer guerra e tempo para dá a paz''. A Liturgia ferial da semana passada colocava em nossos ouvidos estas verdades do Eclesiastes? Que é o tempo? Para que o tempo?
   Ligeiramente, às vezes, exclamamos: ''Como passou ligeiro o tempo!'' Há uma gama de realidades que o constitui: as lembranças, as analogias, as marcas de expressão, o crescimento, as circunstâncias, as perdas, as relações, as amizades. Bendito o tempo. Sem ele, o que seria da nossa existência? Precisamos dele para nos organizarmos nos diversos âmbitos que envolvem esta vida de sonhadores.
   Mas, irmãos meus, na realidade tudo aqui é tempo quer seja de um ângulo, quer seja do outro. O Tempo é o intervalo entre o homem, as suas concepções e ações. Que palavras caras a do Eclesiastes! Tempo para isto! Tempo para aquilo! Os nossos pais e avós costumam exclamar:' Deus é o Senhor do tempo!' Esta, deveras, é possuidora duma verdade de fé augustíssima. Ele,só Ele! Rege o tempo, portanto é Senhor. Na natureza soube caracterizá-lo mediante as quatro estações assinalando-as com as características peculiares. Para a primavera o perfume das flores e a sua beleza, para o Outono o cair discreto das folhas caducas e o desabrochamento dos frutos, para o inverno as chuvas para alagar os mananciais, irrigar os solos, para o Verão que os raios do Sol fossem mais expressivos. Ele é a Sabedoria! 
    Eis que chegada a plenitude dos tempos, Ele, que é o 'Alpha e Ômega', cujo princípio não existe e tampouco fim. O Sempiterno entrou nas realidades finitas do ''Kronos''' para que no seu ''kairós'' o bicho-adão torna-se imortal, transcendente aos demais seres vivos. Ei-lo: o Verbo encarnado. E, como diz a Escritura, precisamente o Prólogo do Evangelho de São João: ''Ela (a Palavra) fez tudo, sem Ela nada do que existe seria feito.'' Já noutra passagem exclama-se: ''Nele nos movemos, existimos e somos!''
    Irmão meu da pia batismal, cujas entranhas, é o útero, a Mãe Católica, a Santa Igreja. A nossa vida é superabundante a esta peregrinação. No Adão Jesus Cristo, Deus de Deus santíssimo, recebemos a imortalidade e com ela nos tornamos coerdeiros do nosso Santíssimo Salvador. Ele que não é tempo, mas o Dia sem ocaso. A Eternidade, o Cristo Total, no qual permanece tu e eu. Lembremos do dia solene da Ascenção de Jesus. Subira Ele e assentara-se à destra do Pai, por isso dissera: ''Vou lhes preparar um lugar''  Quando vai o nosso Salvador glorificado, o Adão Novo, Cristo Jesus, vai a humanidade do Adão primeiro, recapitulada nos méritos da Páscoa, como nos faz rezar a Igreja: ' Ó Deus, Ascensão do vosso Filho já é a nossa vitória!' A sede bendita do'' antrophos'' não é sacidada nesta vida. É sempre engano. Lembremo-nos da mulher da Samaria que sempre ia ao poço de Jacó. Lembremos de nós quando das vezes que pomos o nosso cântaro no poço das vaidades. ''Vanita vanitarum!'' Ó vaidade das vaidades! Tudo é vaidade!'' Tudo desta vida é ilusão. ''Vai-se uma geração e logo após vem outra'' 
  É no Filho de Deus que a sede nossa é saciada. É esta a busca dos homens de sempre que nas vãs filosofias e ideologias de autossuficiência julgam, aparentemente, gozar da satisfação. Isto é vidinha! É marasmo! No tempo, busquemos o consumador da nossa fé como os três primeiros, dos doze, Pedro, André e João acharam. ''Era por volta das quatro da tarde!''
  Oxalá vejamos o Dia do Senhor em que, como diz o Apocalipse de São João, ''não precisará mais da luz do sol, pois Ele mesmo será a luz!'' Ao primogênito dentre os mortos,  louvor e a eternidade. Amém!
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