Como ocorreu no ano passado, o Papa, que fez 84 anos no dia 16 de abril, acompanhou da colina do Palatino boa parte da Via Sacra, sem percorrer a pé as 14 estações. No final, Bento XVI se uniu à celebração, mas não carregou a cruz.
A Via Sacra teve início às 21h15 locais (17h15 de Brasília) e este ano durou menos de duas horas.
O Papa encarregou a redação das meditações lidas durante as 14 estações à religiosa Maria Rita Piccione, presidente da Fundação das Freiras Augustinas.
Esta foi a primeira vez que Bento XVI entregou a redação das meditações da Via Sacra a uma mulher.
O Papa Bento XVI preside a Via Sacra nesta sexta-feira (22) em Roma (Foto: AP)
As meditações foram inspiradas no pensamento de Santo Agostinho (354-430), uma das referências de Bento XVI, que se graduou como teólogo, em 1953, com uma tese sobre a doutrina da Igreja segundo este santo.O texto denuncia "a perseguição contra a Igreja de ontem e de hoje", que "mata cristãos em nome de um Deus estranho ao amor, e que ataca a dignidade com mentiras e palavras arrogantes".
"É a hora das trevas (...) as várias máscaras da mentira enganam a verdade e as ilusões do sucesso afogam o apelo íntimo à honestidade", destaca.
Este ano, a cruz foi carregada nas 14 estações do calvário por uma família romana, de cinco filhos, incluindo gêmeos, outra família, etíope, e uma menina egípcia.
A maior parte da cerimônia foi oficiada pelo cardeal italiano Agostino Vallini, vigário de Roma.
A Via Sacra foi acompanhada por numerosos peregrinos, que carregavam tochas, e transmitida pela TV para vários países do planeta.
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