Foi lançada nesta terça-feira a logomarca oficial da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) trará o Papa Bento XVI para a cidade do Rio de Janeiro em 2013. Em um auditório repleto de bispos do Brasil e do mundo, representantes da comunidade católica de toda a cidade, além do governador Sérgio Cabral, do prefeito Eduardo Paes e do arcebispo do Rio Dom Orani Tempesta, o reitor do Santuário do Cristo Redentor, Padre Omar Raposo, anunciou o símbolo do evento religioso, criado pelo designer gráfico Gustavo Huguenin.
"Essa logo foi um grande marco na minha história de fé. Foi uma honra criar o símbolo do maior evento católico do mundo. Sonhei em criar este símbolo antes mesmo do lançamento do concurso. E fiquei ainda mais feliz quando ganhei entre tantos trabalhos", emocionou-se o jovem de 25 anos que nunca participou de uma JMJ, mas acompanha os eventos pela internet.
O edital do concurso foi aberto em 27 de setembro de 2011 e teve mais de 200 trabalhos do mundo inteiro inscritos.
Antes da apresentação, jovens deram seu testemunho sobre suas experiências em outras edições da JMJ e suas expectativas para a edição brasileira. O jovem Gustavo Ribeiro contou que esteve em Madri em 2011 e, como chegou dois meses antes do evento, percebeu claramente a mudança de cenário que acontece cerca de duas semanas antes do início da programação.
“Como era verão na Europa, a cidade estava bem vazia. Mas, conforme o evento foi se aproximando, a cidade se transformou com uma verdadeira invasão de peregrinos”, lembra.
O evento desta terça contou ainda com apresentações do Projeto Música no Museu e das cantoras católicas Olívia Ferreira e Eliana Ribeiro.
O prefeito do Rio, Eduardo Paes, subiu ao palco para falar sobre as expectativas que rodeiam a JMJ 2013, não sem antes brincar sobre sua candidatura.
“Antes de mais nada preciso dizer que eu queria muito ser o anfitrião desta festa em 2013”, disse.
Após o momento de descontração, Paes lembrou a mobilização da cidade em torno da procissão de São Sebastião.
“Fiquei emocionado com a trezena promovida por Dom Orani, que mobilizou a cidade inteira e se mostrou um grande líder. Fui à Madri em 2011 e percebi que um evento destas proporções exige muita organização. Mas, com certeza, a prefeitura vai se mobilizar para fazer esta festa acontecer”, garantiu.
Sérgio Cabral seguiu o discurso de Paes apoiando sua candidatura, dizendo não ter "dúvida que o Eduardo vai ser o anfitrião em 2013”.
“Esta logomarca estará rapidamente estampada em todo o planeta. Mais de três milhões de pessoas devem participar desta festa. É o evento dos eventos e faremos todo o possível para ser a JMJ mais extraordinária de todas”, afirmou o governador.
Para fechar a noite, o arcebispo do Rio, Dom Orani Tempesta, aproveitou para lembrar que já estão inscritos seis mil voluntários para ajudar na organização do evento, embora a meta seja chegar a 60 mil. Ele lembrou que, além de uma experiência religiosa, a JMJ representa uma experiência de convivência com muitas culturas diferentes.
“Temos uma responsabilidade mundial. Os jovens levarão esta experiência de volta para suas cidades, suas paróquias, suas dioceses. Será um serviço mundial para o amanhã, pois estaremos plantando os valores cristãos”, concluiu.
Expectativas
Entre os convidados, a opinião era unânime: o Rio vai dar conta de fazer um evento digno, nas proporções astronômicas da Jornada Mundial da Juventude.
“Sem dúvidas a cidade está preparada. É um evento grandioso, de paz, que congrega forças do be. O Rio vive um momento muito especial e a vinda do Papa é um motivo de muito orgulho”, disse o advogado e ex-deputado federal Índio da Costa.
Martha Rocha, chefe de Polícia Civil, acredita que este é um dos grandes eventos que o Rio vai sediar nos próximos anos e que, embora possa ter a formatação de um segmento religioso, a JMJ será uma prova da tolerância religiosa.
“Não é a primeira vez que o Rio recebe o Papa e todas as suas vindas consagram todas as religiões. Será um evento onde o povo brasileiro poderá mostrar esse aspecto agregador, solidário, sem preconceitos e tolerante à orientação religiosa”, analisou a delegada.
Já o deputado Paulo Ramos (PDT) lembrou que “a Igreja Católica está sempre presente em tudo de bom que acontece no Rio”.
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