Justiça do Reino Unido proíbe orações nas câmaras municipais
O Supremo Tribunal do Reino Unido proibiu na sexta-feira (10) as orações no início das sessões das câmaras municipais. A decisão ocorreu a propósito de uma ação movida pelo vereador ateu Clive Bone, que se sente incomodado pelas orações na Câmara de Bideford.
O juiz Ouseley julgou que a Câmara não pode impor as orações aos vereadores descrentes. “Esses vereadores também foram eleitos pelo povo.”
Como a questão passou por tribunais regionais e chegou ao Supremo, a sentença vale para as sessões formais de todos os conselhos da Inglaterra e do País de Gales.
Keith Wood Porteous, diretor da National Secular Society, entidade que deu apoio a Clone, falou que a proibição de “atos de adoração” nas reuniões das câmaras significa um avanço para a separação entre religião e política.
O Reino Unido tem a Igreja da Inglaterra (ou Igreja Anglicana) como crença oficial, cuja autoridade máxima é a rainha Elizabeth II. Apesar disso, trata-se de uma região onde o secularismo tem feito grandes avanços.
O bispo Michael Langrish lamentou a decisão do Supremo e disse não ter dúvida de que a estratégia da National Secular Society é empurrar polegada por polegada a religião para fora da esfera pública.
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