O presidente dos Estados Unidos apresentou uma nova proposta para a comparticipação de contracetivos pelos planos de saúde das empresas, de modo a chegar a acordo com os líderes religiosos católicos que se tinham manifestado ativamente contra o primeiro plano apresentado pelo presidente.
De acordo com as novas regras, as empresas geridas por instituições religiosas (como, por exemplo, universidades e hospitais) e que têm planos de saúde para os empregados não serão obrigadas a incluir nesses benefícios o pagamento de um contraceptivo.
Em contrapartida, essa responsabilidade deverá ser assegurada pelas seguradoras, que terão de providenciar, gratuitamente, o acesso dos seus segurados à contracepção, explicou o presidente Obama em conferência de imprensa.
"Assim, as organizações religiosas não terão que pagar diretamente por estes serviços", explicou Obama. "Cada mulher deverá tomar ela própria as decisões que dizem respeito à sua saúde", disse, reafirmando que "as mulheres devem ter acesso aos métodos contracetivos gratuitamente, independentemente do lugar onde trabalhem."
Este era um dos mais polémicos items do plano de saúde aprovado por Obama em 2010 e que deverá estar plenamente em vigor até 2014. Os líderes religiosos católicos manifestaram imediatamente a sua discordância e a polémica tomou logo grandes dimensões, uma vez que os EUA vivem neste momento em período de campanha eleitoral. Se as instituições religiosas fossem obrigadas a incluir a contraceção nos seus planos de saúde, isto seria visto como um atentado à liberdade religiosas, defendeu o partido Republicano.
"Não se trata de um problema só de contracepção, é um problema de liberdade económica, de liberdade de expressão e de liberdade religiosa. Trata-se do governo controlar as vossas vidas", declarou Rick Santorum, um dos candidatos à nomeação republicana. "Isto tem de parar."
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