sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Fraternidade São Pio X estuda proposta do Vaticano


Vinte e oito responsáveis da Fraternidade Sacerdotal São Pio X reuniram-se para estudar o conteúdo do Preâmbulo doutrinal apresentado pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé e presidente da Pontifícia Comissão Ecclesia Dei, Cardeal William Levada. O encontro aconteceu em Albano (Itália) no dia 7 deste mês.

O documento, cujo conteúdo é mantido em sigilo, foi apresentado durante uma reunião que aconteceu no Vaticano, em 14 de setembro passado, na sequência de encontros que buscam esclarecer os problemas de ordem doutrinal e chegar à superação da divisão entre a Fraternidade e a Santa Sé.
O comunicado divulgado pela Fraternidade indica que todos os responsáveis "manifestaram uma profunda unidade na vontade de conservar a fé em sua integridade e totalidade, fiéis ao ensinamento que, seguindo São Paulo, lhes deixou Dom Lefebvre [fundador da Fraternidade]: tradidi quod et accepi (1 Cor. 15, 3) - entreguei o que recebi".
Agora, o estudo do Preâmbulo doutrinal continua no âmbito do Conselho Geral da Fraternidade, onde um exame mais profundo por parte do Superior Geral e de seus dois assistentes, padres Niklaus Pfluger e Alain-Marc Nély, "permitirá apresentar, dentro de um prazo razoável, uma resposta às propostas romanas", finaliza o comunicado.
A Fraternidade
A Fraternidade Sacerdotal São Pio X (FSSPX) é uma sociedade sacerdotal de vida comum sem votos. Atualmente é o mais notório grupo católico tradicionalista. Foi fundada na Suíça, em 1970, pelo Arcebispo Marcel Lefebvre, que já fora Delegado Apostólico de Pio XII na África e Superior Geral dos Padres do Espírito Santo. A sua finalidade é a formação de padres e o apostolado segundo a forma tradicional, sobretudo através da celebração da Missa Tridentina.
A Fraternidade opõe-se, de modo expresso, às "reformas" feitas na Igreja Católica após o Concílio Vaticano II, que, segundo a Fraternidade, contrariariam a Doutrina da própria Igreja, criticando como anti-doutrinais em especialmente o ecumenismo, a liberdade religiosa e a colegialidade dos bispos. A FSSPX argumenta que os princípios do post-Concílio representam um desvio da Igreja em relação à sua Doutrina e em direção ao protestantismo, ao socialismo e aos ideais da Maçonaria, adversários históricos do catolicismo, e, sobretudo, o embarque na heresia modernista.

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