quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Arcebispo Dom José Palmeira Lessa completa 70 anos

O Arcebispo Dom José Palmeira Lessa nasceu em Coruripe-AL, aos 18 de janeiro de 1942, portanto, nesta quarta, completou 70 anos de vida e amor a Igreja. Filho de Antônio de Araújo Lessa e  Maria Tereza da Silva Lessa (falecidos). Ingressou no seminário aos 13 anos, em 7 de março de 1955,  foi ordenado sacerdote em 3 de julho de 1968 e sagrado Bispo em 24 de agosto de 1982.


Uma vida dedicada à Igreja e sempre apoiando e participando das causas sociais

Incansável, obstinado, feliz com a vocação e missão recebida pela Igreja, Dom José Lessa faz da sua vida uma constante luta para o crescimento do reino de Deus. Sua presença em solo sergipano o faz parte da história da nossa terra e das lutas da nossa gente, desde quando foi Bispo de Propriá, marcando sua passagem, naquela diocese, pela luta em defesa dos mais fracos, sendo ameaçado de morte e acusado de incitação de invasão de terras, em decorrência do apoio aos posseiros que estavam sendo perseguidos por latifundiários da região e absorvido do processo. 

Na Arquidiocese de Aracaju, também empreendeu lutas sociais, estando à frente de negociações entre sindicatos e governo e em defesa dos mais carentes, como por exemplo, a luta pela melhoria das condições de vida do povo do Bairro Coqueiral e Santa Maria, em Aracaju. 

Com uma vida pastoral intensa, Dom José Lessa dobrou o número de paróquias, aproximando às noventa e ainda tem várias para instalar. Não parando por aí,  entre tantas ações, é marca do Arcebispo a implantação do diaconato permanente e a intensificação do trabalho pelas vocações sacerdotais, também antes, com pouco mais de 40 presbíteros, e hoje ultrapassa os cem sacerdotes.  Outro grande feito, que vale destacar, foi a construção do Seminário Maior, com três prédios, biblioteca, capela, refeitório e auditório com capacidade para 640 pessoas. 

Toda  atuação social de Dom Lessa faz jus ao seu lema episcopal: “Fragilis cum Fragilibus”  (Fraco Com os Fracos), porém as demais atividades mostram que Dom José Lessa é um homem de muito vigor, que não mede esforços para desempenhar o papel de representante do Papa em nossa Arquidiocese de Aracaju.

Missa pelos 70 anos de vida de Dom José Lessa

Uma grande celebração foi a solene Celebração Eucarística em Ação de Graças pelos 70 anos de vida do Arcebispo de Aracaju, Dom José Palmeira Lessa, nesta quarta-feira, 18 de abril, às 16h30, na Catedral Metropolitana. Familiares, bispos amigos, sacerdotes, diáconos, seminaristas, autoridades e centenas de fiéis acompanharam a celebração, presidida pelo próprio aniversariante. 






Após o comentário inicial, feito pelo Pe. Genivaldo Garcia, a música deu o tom do início da celebração, com o cortejo dos sacerdotes e Bispos. A homilia foi proferida pelo Bispo Auxiliar, Dom Henrique Soares da Costa. Ele saudou a todos e resaltou as qualidades de Dom José Lessa e falou da importância dessa celebração, afirmando que o lugar mais verdadeiro para se celebrar um aniversário é diante do altar de Cristo, por que a vida é dom de Deus.










“A Arquidiocese de Aracaju ao celebrar os 70 anos de vida de Dom José Lessa faz um ato não só de justiça, como também verdadeiro, por que o Bispo é para a Igreja e a Igreja é para o Bispo. Dom Lessa nessas últimas décadas dedicou seu esforço, seu amor, seus sonhos, deu o melhor de si, de sua saúde, deu o seu tempo pela Igreja de Aracaju. Tanto bem Dom Lessa tem feito em seu pastoreio, por isso nós queremos, de coração, agradecer a Deus por sua vida”, asseverou Dom Henrique Soares.


Dom Henrique ainda acrescentou sobre Dom José Lessa, enfatizando sua admiração pelo Arcebispo. “Tem duas coisas que eu admiro em Dom Lessa, primeiro sua capacidade de trabalho e segundo seu espírito abnegado. Ele é um homem que pensa primeiro na Igreja, segundo na Igreja, terceiro na Igreja e só depois nele. Dom Lessa não poupa tempo, não poupa saúde, nem o melhor da sua inteligência e imaginação para fazer crescer a Igreja de Aracaju. É um pastor zeloso, dedicado e eu agradeço a Deus pela oportunidade de ser seu auxiliar e de conhecê-lo de perto”, finalizou.


No momento de ação de graças, falou o o Senhor Givaldo, representando os leigos; a Irmã Gilza Mota, Superiora da Congregação Santa Teresinha, pelas religiosas; o irmão Ricardo Lessa, pela família e o Padre José Bernardino, pelo clero. Todos reforçaram as virtuides e qualidade do arcebispo, principalmente a atenção pelo cuidado com o ser humano. A irmã Morais entregou um boque de flores em nome das religiosas e o Padre Rogério de Jesus Santana, entregou um aiped, em nome do clero.


Antes do final da celebração, o Arcebispo Dom José Palmeira Lessa agradeceu a Deus pelo Dom de sua vida e a todos que se empenharam para a realização da celebração, bem como pelas homenagens recebidas. Destacou que ele teve a graça de ter pais cristãos que o incentivou para a vida dedicada a Igreja.


Alguns depoimentos em homenagem a Dom José Lessa:


Muitos dos presentes ressaltaram as qualidades do Arcebispo. O Bispo de Palmeira dos Índios/AL, Dom Dulcênio Fontes de Matos, que foi Bispo Auxiliar de Dom Lessa lembrou do convívio com  Dom Lessa. “Tive o prazer de conviver com Dom Lessa nos cinco anos em que fui seu auxiliar, costumo dizer que aprendi muito com ele. A maior marca de Dom Lesa é o amor que ele tem pela Igreja e sua dedicação. Aos 70 anos, acredito que muito pouco pensou nele mesmo”, disse Dom Dulcênio. 


Dom Marco Eugênio, Bispo de Estância e ex-padre e Vigário geral da Arquidiocese de Aracaju, realçou o motivo da celebração: “Toda vida é sempre uma bênção, dom de Deus, mas quando essa vida se propõe a propagar o reino de Deus essa vida tem um valor maior. Nós estamos celebrando 70 anos daquele que deu sua vida a serviço do Reino de Deus, procurando fazer com que o evangelho seja pregado, anunciado em diferentes contextos históricos e levado a todos os homens”. Dom Marco também enfatizou o desprendimento de Dom Lessa pela evangelização. “ Sou testemunha, pelo tempo que trabalhei com Dom Lessa, da sua sede de evangelização, de levar Jesus Cristo a todos e fazer com que todos, conhecendo o Senhor, possam mais amá-lo, servi-lo e adorá-lo, por isso que Nossa Senhor recompense a Dom Lessa por tudo que ele tem feito e que possamos celebrar com grande alegria esta data, desse dom de Deus que nos foi dado”. 


O Bispo Emérito de Alagoinhas-BA, Dom Jaime Mota, amigo de muitas datas do Arcebispo destacou a sua simpatia e a dedicação pela Igreja. “A alegria, espontaneidade e a prontidão no assumir o compromisso que Deus lhe confiou, como sacerdote, depois como Bispo, são características marcantes na vida de Dom Lessa. Eu o conheci desde o seminário e sempre foi assim”.


Pe. Rinaldo Rezende, um dos padres ordenados por Dom José Lessa, também deixou sua mensagem: “Nossa Arquidiocese está em festa e com grande alegria também para mim é uma data importante, pois foi o Arcebispo Dom Lessa que me ordenou sacerdote há oito anos. Tenho que agradecer a Deus pela vida do Arcebispo, rezo constantemente por ele e que Deus o abençoe, como também todos que fazem a arquidiocese”. 


Outro sacerdote, ordenado por Dom José Lessa, o Pe. José Horácio expôs seu sentimento com relação a ele:  “É uma grande alegria ter o Dom Lessa como o meu bispo. É um ser humano e um grande pastor, com uma capacidade enorme de arrebanhar pessoas e de nos levar sempre à Deus, por isso todos que estão perto dele sentem a real imagem de Cristo.”


Um dos grandes trabalhos desenvolvido pelo Arcebispo foi a criação do Diaconato Permanente, para homens casados que desejam servir a Igreja na dupla sacralidade, no matrimônio e no serviço diaconal. Assim, o Diácono Permanente, José Augusto, agradece ao Arcebispo pela iniciativa de restaurar esse serviço e reconhece suas qualidades. “Não podia deixar de lembrar e agradecer o apoio e o desprendimento do Arcebispo Dom José Lessa para restaurar o Diaconato permanente, bem como a dedicação e zelo apostólico que Dom Lessa tem pela Igreja”, reconheceu o Diácono.


Padre Isaias, sacerdote da época de Dom Lessa em Propriá disse: “Foi o nosso segundo Bispo na Diocese de Propriá, onde passou seis anos, ecumênico, muito coprometido com a Igreja local e marca a nossa história enquanto sequência de uma Igreja comprometida com os problemas do povo”.



Texto: Edmilson Brito

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