Texto retirado do Blogger de Sua Excelência Reverendíssima Dom Henrique Soares da Costa
Caro Internauta,
observe a sujeira e a má-fé da imprensa de modo geral quando se trata da Igreja
e do Papa Bento XVI. Leia este trecho da palavra do Santo Padre, discursando
para os embaixadores dos países que têm relação com a Santa Sé, no último dia 9
de janeiro:
A educação é um tema crucial para todas
as gerações, pois depende dela tanto o desenvolvimento saudável de cada pessoa
como o futuro da sociedade inteira. Por isso mesmo, aquela constitui uma tarefa
de primária grandeza num tempo difícil e delicado. Para além de um objetivo
claro, como é o de levar os jovens a um pleno conhecimento da realidade e,
consequentemente, da verdade, a
educação tem necessidade de lugares. Dentre estes, conta-se em primeiro
lugar a família, fundada sobre o
matrimônio entre um homem e uma mulher; não se trata duma simples convenção social,
mas antes da célula fundamental de toda a sociedade.
Por conseguinte, as políticas que atentam contra a família ameaçam a dignidade humana e o próprio futuro da humanidade. O quadro familiar é fundamental no percurso educativo e para o próprio desenvolvimento dos indivíduos e dos Estados; consequentemente, são necessárias políticas que o valorizem e colaborem para a sua coesão social e diálogo. É na família que a pessoa se abre ao mundo e à vida e, como tive ocasião de lembrar durante a minha viagem à Croácia, «a abertura à vida é um sinal da abertura ao futuro».
Mais em geral, visando sobretudo o mundo ocidental, estou convencido de que se opõem à educação dos jovens e, consequentemente, ao futuro da humanidade as medidas legislativas que permitem, quando não incentivam, o aborto por motivos de conveniência ou por razões médicas discutíveis.
Muito bem! Estas
foram as palavras de Bento XVI. Nem mais nem menos. O que a Revista Veja que
está nas bancas (edição 2252, 18/01/2012, na seção “Panorama”) afirmou, fazendo
eco à imprensa internacional, seguindo a agência de notícias Reuters? Eis, as
palavras da Veja, que se considera séria e imparcial: “Endureceu o discurso
contra a união homossexual o papa Bento XVI. O pontífice disse para diplomatas
de 180 países que o casamento gay é ‘uma ameaça para o futuro da
humanidade’”.
Aqui está! Foi assim
com o Discurso do Papa em Ratisbona, na passagem em que se referiu a Maomé; foi
assim quando falou da “chaga” que é a situação dos casais em segunda união; aqui
no Brasil se afirmou que o Papa dissera que os casais em segunda união seriam
uma “praga”; foi assim com outras situações sérias, como a atitude do então
Cardeal Ratzinger na questão dos pedófilos que estavam no meio do clero
emporcalhando o nome de Cristo e da Igreja! Sempre um modo de denegrir, de
truncar a verdade para tornar o Papa odioso.
Só para recordar: é
claro que a Igreja e o Papa são contra a união homossexual com status de
“casamento”. Ninguém é contrário a que duas pessoas do mesmo sexo, adultas e
senhoras de si, livremente queiram viver juntas, inclusive com vida sexual
ativa. É pecado? Certamente! É contra os preceitos cristãos?
Sem dúvida nem
apelação! A Igreja chamará de normal e moralmente positivo tal caminho? Nunca!
Mas, ninguém pode impedir a relação entre duas pessoas homossexuais nem deve
querer impor nada contra a liberdade de ninguém! A Igreja sequer é contra a que
um parceiro tenha direitos de herança, benefício saúde e outros, derivados dessa
união. O que os cristãos são contrários que se dê a esta união um estatuto de
matrimônio e de família, pois aí já não se trata de respeitar uma minoria, mas
destruir o conceito de família próprio da maioria e no qual se estriba a própria
civilização ocidental, já tão ferida e desmoralizada...
O raciocínio é simples:
se tudo é família; nada é família! É o conceito de família de toda a sociedade
que fica prejudicado pela imposição de uma minoria que hoje é poderosíssima!
Esta é a posição da Igreja, do Papa e de qualquer pessoa de bom
senso.
Minha questão aqui é
outra: trata-se da desonestidade da imprensa, que sempre procura, de modo
capcioso, deturpar as palavras do Papa para torná-lo antipático e odioso ante a
opinião pública. Não me preocupo se o Papa agrada ou não à mídia e aos “papas”
da cultura secularizada atual; mas me indigna a sordidez dessa imprensa que se
quer passar por isenta e honesta.
Uma sugestão?
Escreva à Revista Veja protestando e pedindo uma correção! Envie a cópia do
discurso do Papa. Está no site do Vaticano: www.vatican.va. É uma questão de
justiça!
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