Nós, jovens, fomos bombardeados e influenciados desde nosso nascimento com novidades e mais novidades, mesmo que estas sejam resultados de décadas passadas. Com certeza, reparamos a grande diferença entre nossos pais e nós. O modo como nos portamos diante das mais variadas situações às quais somos expostos já é bem diferente do deles. Essa mudança de geração a geração é plenamente natural, mas a nossa geração tem uma peculiaridade especial, é dominada pela cultura pop e pelo consumismo.
A cultura pop é nossa amiga e, ao mesmo tempo, inimiga; nela nos expressamos, divertimos, vivemos. Aí está o perigo, pois, esta cultura é influenciada diretamente pela revolução sexual dos anos 60, que trouxe grandes progressos à sociedade e, também, grandes problemas à juventude.
É na adolescência que começamos a descobrir quem somos, descobrimos nossos corpos, nossas personalidades e, em meio a todas as descobertas, encontramos um mundo que nos exorta a viver fixados a pequenas partes do ser humano, aprisionados por uma sexualidade mal definida, onde não há amor, apenas erotismo. A ditadura da beleza padroniza a massa e oprime aqueles que não alcançam os padrões exigidos.
Somos levados e viver pela metade, escravizados pelo consumismo, onde é preciso ter. Aprisionados por esse ter, perdemos a essência do ser. Resultado disso: muitos jovens vivem em depressão e muito cometem suicídio, não sabem mais para quê e por que vivem.
Tudo isso encontra resposta na vocação cristã: fomos criados por Deus e somente a Ele devemos servir. Todas as novidades das últimas décadas querem apagar essa novidade que nunca passa. Querem nos afastar de nossa vocação original e para isso nos fixam nas coisas passageiras e sem sentido deste mundo.
É possível viver neste mundo pagão e ser cristão? É sim! Nós, jovens, podemos viver neste mundo tendencioso e malvado e, ainda assim, viver os valores do Evangelho, desde que não nos deixemos escravizar pela forma exuberante do corpo, por simples instrumentos tecnológicos, a internet, pelos prazeres sexuais, pelas celebridades e suas loucuras, entre outros. Tudo isso é passageiro, tem seu valor agora, mas um dia não mais nos satisfarão.
Podemos ter tudo isso, basta que não os façamos os nossos deuses e vivamos unicamente em dependência deles. Eu posso malhar e ter um corpo bonito, mas não sou apenas meu corpo. Posso ter o celular mais completo da atualidade, mas eu sou muito mais que ele. Posso gostar de música, mas ela é só uma parte de mim. Se eu não for escravo das coisas que passam, sou livre para viver os valores de Evangelho e, aí, sei que serei feliz e completo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário