“O Cristo não devia sofrer tudo isso para entrar na sua glória?” (Lc 24,26).
O Papa Bento XVI, em seu recente livro Jesus de Nazaré (vol. 2) recorda que o famoso teólogo luterano Dietrich Bonhoeffer protestava duramente contra a visão que alguns cristãos têm do amor misericordioso de Deus, como se se tratasse de uma “graça barata” (billige Gnade, pg. 153).
O Dia das Mães nos dá a ocasião de compreender este conceito aparentemente contraditório. Se a Graça é “de graça”, como pode ela ser “cara” e ter um preço?
As nossas mães nos amaram e amam gratuitamente. Mas isto não quer dizer que elas não tenho pago um alto preço por isto. Pagaram o preço das dores do parto, das noites sem dormir, das dores nas pernas, dos cuidados e das preocupações. E, para a mães cristãs, pagaram, sobretudo, o preço das orações e sacrifícios oferecidos pela salvação de seus filhos. Quem não se comove diante das lágrimas e dos joelhos calejados de uma Santa Mônica?
Pois bem, tudo isto é de graça e, no entanto, tudo isto é tão caro.
Este mês de Maio, marcado pela alegria dos triunfos pascais, celebramos também o Mês de Maria. Recordemos também os sofrimentos da Co-Redentora e, ao contemplar os sofrimentos de nossa Mãe do Céu, compreenderemos melhor o preço que seu Filho pagou para nos dar a Graça da Salvação.
À Mãe do Céu e às mães aqui da terra a nossa gratidão pelo amor de graça e tão caro que nos ofereceram.
Feliz dia das Mães!
Padre Paulo Ricardo
Nenhum comentário:
Postar um comentário