terça-feira, 31 de maio de 2011

Tradição e desenvolvimento fazem parte da Liturgia, diz Papa

O Papa Bento XVI disse que, assim como a Liturgia, a música sacra passa por transformações, mas não deve esquecer da saudável tradição.
A Liturgia, ressaltou o Papa Bento XVI, “vive de um correto e constante relacionamento” entre a saudável tradição e um legítimo desenvolvimento, bem como a música sacra.

Em mensagem enviada ao prefeito da Congregação para a Educação Católica, Cardeal Zenon Grocholewski, por ocasião dos 100 anos de fundação do Pontifício Instituto de Música Sacra, o Papa disse que é preciso ter presente “que esses dois conceitos - que os padres conciliares claramente destacaram - se integram reciprocamente porque a tradição é uma realidade viva, inclui, por isso, em si mesma o princípio do desenvolvimento, do progresso”.
A mensagem do Papa foi lida durante o Congresso Internacional de Música Sacra, que acontece desde quinta-feira, 26, e vai até esta quarta-feira, 1º.
Mesmo com a evolução da música e a popularização dos cânticos nas celebrações litúrgicas, Bento XVI recordou que, em tempos recentes, os Papas Paulo VI e João Paulo II quiseram ressaltar a beleza da música sacra, “a plena adesão aos textos e às ações litúrgicas, o envolvimento da assembleia e, portanto, é legítima a adaptação à cultura local, preservando, ao mesmo tempo, a universalidade da linguagem.

Todavia, disse o Pontífice, “devemos sempre nos perguntar: quem é o autêntico sujeito da Liturgia? A resposta é simples: a Igreja. Não é o indivíduo ou grupo que celebra a liturgia, mas é essencialmente ação de Deus através da Igreja, que tem sua própria história, sua rica tradição e criatividade”.

A Igreja é “o autêntico sujeito” da Liturgia e, neste sentido, a música sacra deve ser capaz de envolver a assembleia, restituindo o sentido “da oração, da dignidade e da beleza” de uma Celebração.

O Santo Padre recordou também que, primeiramente, o canto gregoriano é um modelo supremo da música sacra que, junto com outras formas de expressão, faz parte do patrimônio histórico e litúrgico da Igreja.



Fonte: Canção Nova

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