Diário de Notícias
Os militantes do Partido Comunista Chinês estão proibidos de seguir qualquer religião, devendo pelo contrário promover o marxismo e o ateísmo, proclamou um responsável da organização citado hoje na imprensa oficial.
“Se o Partido levantasse a proibição (de seguir uma religião), como algumas sugerem, isso teria perniciosas consequências”, escreveu Zhu Weiqun, vice-ministro do departamento do Comité Central do PCC encarregue dos contactos com setores exteriores ao Partido (a chamada Frente Unida).
“Os organizações do Partido ficariam altamente enfraquecidas na luta contra o separatismo” se os seus membros se convertessem a uma religião, argumentou o responsável.
Zhu Weiquan referia-se em particular ao Tibete e a Xinjiang, duas regiões maioritariamente habitadas por etnias de religião budista ou muçulmana, e onde “as forças hostis, internas e externas, fazem tudo o que podem para usar a religião para atividades separatistas”.
“Não é por acaso que as organizações do Partido em Xinjiang e no Tibete, onde a luta anti-secessão é mais aguda, advoguem tão nitidamente que os seus membros não devem acreditar em nenhuma religião”, acrescentou.
A “liberdade de religião” está consagrada na Constituição chinesa, mas os membros do PCC – mais de 80 milhões – têm de seguir “a visão marxista do mundo” e “não podem participar em actividades religiosas”, realçou Zhu Weiqun, num artigo publicado no quinzenário Procurar a Verdade, o nome da revista teórica do Comité Central do PCC.
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