Paula Dizaró / CN Roma
''Em todas as épocas, a Igreja é sustentada pela luz e pela força de Deus'', afirma o Papa
O Papa Bento XVI realizou o tradicional Ato de Veneração à Imaculada na tarde desta quinta-feira, 8, data em que a Igreja celebra a Solenidade da Imaculada Conceição de Maria. O Papa chegou à Piazza di Spagna às 16h15 (hora local - 13h15 no horário de Brasília) e deteve-se em oração diante da coluna que contém uma estátua alusiva à concepção imaculada da Mãe de Deus.
Após a leitura de um trecho do Apocalipse de São João e depositar uma coroa de flores aos pés da Virgem, o Pontífice fez o seu discurso.
"A única traição de que a Igreja pode e deve ter temor é o pecado de seus membros. Enquanto, de fato, Maria é Imaculada, livre de toda a mácula de pecado, a Igreja é santa, mas, ao mesmo tempo, marcada pelos nossos pecados. Por isso, o Povo de Deus, peregrino no tempo, dirige-se à sua Mãe celeste e pede o seu auxílio", destacou.
"É exatamente por isso, porque leva Jesus, que a Igreja encontra a oposição de um feroz adversário, representado na visão apocalíptica por 'um enorme dragão vermelho' (Ap 12,3). Esse dragão procurou, em vão, devorar a Jesus, [...] porque Jesus, através da sua morte e ressurreição, subiu para Deus e se assentou em seu trono. Por isso, o dragão, vencido de uma vez por todas no céu, dirige os seus ataques contra a mulher – a Igreja – no deserto do mundo. Mas, em todas as épocas, a Igreja é sustentada pela luz e pela força de Deus, que a nutre no deserto com o pão da sua Palavra e da santa Eucaristia. E, assim, em cada tribulação, através de todas as provas que encontra ao longo dos tempos e nas diversas partes do mundo, a Igreja sofre perseguição, mas acaba vencedora. E, exatamente deste modo, a Comunidade cristã é a presença, a garantia do amor de Deus contra todas as ideologias do ódio e do egoísmo", indicou Bento XVI.
A estátua
O Papa ressaltou que a estátua de Maria presente na Piazza di Spagna refere-se ao trecho do Apocalipse proclamado - "Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas" (Ap 12,1) -, representando, ao mesmo tempo, Nossa Senhora e a Igreja.
"A 'mulher' do Apocalipse é Maria mesma. Ela aparece 'vestida de sol', isto é, vestida de Deus. [...] Esse símbolo da veste luminosa claramente expressa uma condição que diz respeito a todo o ser de Maria: Ela é 'cheia de graça', repleta do amor de Deus. Eis, portanto, que a 'plena de graça', a 'Imaculada' reflete com toda a sua pessoa a luz do 'sol' que é Deus".
A mulher também tem sob os seus pés a lua, símbolo da morte e da mortalidade. Maria está plenamente associada à vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte e é livre de qualquer sombra de morte e totalmente repleta de vida. "Como a morte não tem mais poder algum sobre Jesus ressuscitado (cf. Rm 6,9), assim, por uma graça e um privilégio singular de Deus Onipotente, Maria também a deixou para trás, superou-a. E isso se manifesta nos dois grandes mistérios da sua existência: no início, o ter sido concebida sem pecado original, que é o mistério que celebramos hoje; e, ao final, o ter sido assunta em alma e corpo ao Céu, na glória de Deus", explica o Santo Padre.}
Bento XVI salienta ainda que, na visão do Apocalipse, há uma outra peculiaridade: sobre a cabeça da mulher vestida de sol há "uma coroa de doze estrelas". "Esse sinal representa as doze tribos de Israel e significa que a Virgem Maria está no centro do Povo de Deus, de toda a comunhão dos santos. [...] Além de representar a Nossa Senhora, esse sinal personifica a Igreja, a comunidade cristã de todos os tempos. Essa está grávida, no sentido de que leva no seu seio a Cristo e deve oferecê-lo ao mundo: eis a missão da Igreja peregrina sobre a terra, que, em meio às consolações de Deus e às perseguições do mundo, deve levar Jesus aos homens".
Após a leitura de um trecho do Apocalipse de São João e depositar uma coroa de flores aos pés da Virgem, o Pontífice fez o seu discurso.
"A única traição de que a Igreja pode e deve ter temor é o pecado de seus membros. Enquanto, de fato, Maria é Imaculada, livre de toda a mácula de pecado, a Igreja é santa, mas, ao mesmo tempo, marcada pelos nossos pecados. Por isso, o Povo de Deus, peregrino no tempo, dirige-se à sua Mãe celeste e pede o seu auxílio", destacou.
"É exatamente por isso, porque leva Jesus, que a Igreja encontra a oposição de um feroz adversário, representado na visão apocalíptica por 'um enorme dragão vermelho' (Ap 12,3). Esse dragão procurou, em vão, devorar a Jesus, [...] porque Jesus, através da sua morte e ressurreição, subiu para Deus e se assentou em seu trono. Por isso, o dragão, vencido de uma vez por todas no céu, dirige os seus ataques contra a mulher – a Igreja – no deserto do mundo. Mas, em todas as épocas, a Igreja é sustentada pela luz e pela força de Deus, que a nutre no deserto com o pão da sua Palavra e da santa Eucaristia. E, assim, em cada tribulação, através de todas as provas que encontra ao longo dos tempos e nas diversas partes do mundo, a Igreja sofre perseguição, mas acaba vencedora. E, exatamente deste modo, a Comunidade cristã é a presença, a garantia do amor de Deus contra todas as ideologias do ódio e do egoísmo", indicou Bento XVI.
A estátua
O Papa ressaltou que a estátua de Maria presente na Piazza di Spagna refere-se ao trecho do Apocalipse proclamado - "Apareceu em seguida um grande sinal no céu: uma Mulher revestida do sol, a lua debaixo dos seus pés e na cabeça uma coroa de doze estrelas" (Ap 12,1) -, representando, ao mesmo tempo, Nossa Senhora e a Igreja.
"A 'mulher' do Apocalipse é Maria mesma. Ela aparece 'vestida de sol', isto é, vestida de Deus. [...] Esse símbolo da veste luminosa claramente expressa uma condição que diz respeito a todo o ser de Maria: Ela é 'cheia de graça', repleta do amor de Deus. Eis, portanto, que a 'plena de graça', a 'Imaculada' reflete com toda a sua pessoa a luz do 'sol' que é Deus".
A mulher também tem sob os seus pés a lua, símbolo da morte e da mortalidade. Maria está plenamente associada à vitória de Jesus Cristo sobre o pecado e a morte e é livre de qualquer sombra de morte e totalmente repleta de vida. "Como a morte não tem mais poder algum sobre Jesus ressuscitado (cf. Rm 6,9), assim, por uma graça e um privilégio singular de Deus Onipotente, Maria também a deixou para trás, superou-a. E isso se manifesta nos dois grandes mistérios da sua existência: no início, o ter sido concebida sem pecado original, que é o mistério que celebramos hoje; e, ao final, o ter sido assunta em alma e corpo ao Céu, na glória de Deus", explica o Santo Padre.}
Bento XVI salienta ainda que, na visão do Apocalipse, há uma outra peculiaridade: sobre a cabeça da mulher vestida de sol há "uma coroa de doze estrelas". "Esse sinal representa as doze tribos de Israel e significa que a Virgem Maria está no centro do Povo de Deus, de toda a comunhão dos santos. [...] Além de representar a Nossa Senhora, esse sinal personifica a Igreja, a comunidade cristã de todos os tempos. Essa está grávida, no sentido de que leva no seu seio a Cristo e deve oferecê-lo ao mundo: eis a missão da Igreja peregrina sobre a terra, que, em meio às consolações de Deus e às perseguições do mundo, deve levar Jesus aos homens".
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