sexta-feira, 29 de junho de 2012

Para pensarmos nos dois gigantes da única fé católica e apostólica, alguns extratos dos ''Sermões de Santo Agostinho, bispo, século V'' que a Mãe Igreja faz lê no Ofício das Leituras quando da Solenidade dos bem-aventurados Pedro e Paulo

[a] O martírio dos santos apóstolos Pedro e Paulo consagrou para nós este dia. Estes mártires viram o que pregaram, seguiram a justiça, proclamaram a verdade, morreram pela verdade.
[b] Porque tu és Pedro. Pedro vem de pedra; não pedra que vem de Pedro. Pedro vem de pedra, como cristão vem de Cristo.

[c] Como sabeis, o Senhor Jesus, antes de sua paixão, escolheu alguns discípulos, aos quais deu o nome de apóstolos. Dentre estes, somente Pedro mereceu representar em toda parte a personalidade da Igreja inteira. Porque sozinho representava a Igreja inteira, mereceu ouvir estas palavras: 'Eu te darei as chaves do Reino dos Céus.'

[d] Assim manifestava-se a superioridade de Pedro, que representava a universalidade e a unidade da Igreja, quando lhe foi dito:' Eu te darei.'
[e] Num só dia celebramos o martírio dos dois apóstolos. Na realidade, os dois eram como um só. Pedro foi à frente; Paulo o seguiu. Celebramos o dia festivo consagrado para nós pelo sangue dos apóstolos. Amemos a fé, a vida, os trabalhos, os sofrimentos, o testemunho e as pregações destes dois apóstolos.

quarta-feira, 27 de junho de 2012

A Religião e o Homem

    O que concebemos como religião? Você tem religião? Qual a sua religião? Indagações como essas são feitas constantemente a nós por alhures e, de fato, fazemo-las a nós mesmos. A princípio, é preciso compreender o significado do vocábulo que é oriundo do termo latino ‘’religare.'' Segundo Aurélio, religar é: ligar de novo; vincular bem. Desta feita, entendamos também, consoante o mesmo dicionarista, o que é Religião: sentimento que liga uma pessoa (criatura) a Deus (Criador).Partindo do conceito de Religião, vejamos, o porquê, do Homem buscar a Ontologia. Somos seres da necessidade; da dependência, ora material ora humano-afetiva. Façamos uma autoavaliação e tiraremos ligeiramente às conclusões precisas que nos insere na mútua relação.
      
      É pertinente salientarmos a necessidade, mesmo transitória, da Humanidade. Será que já fizemos uma perlustração do quotidiano? Talvez não. Somos levados pelo ritmo: o estudo, o trabalho, os filhos...  quando  deparamos-nos vem o crepúsculo e, por conseguinte, o ocaso de mais um dia; e às vezes exclamamos- ‘’como passou rápida a semana, o mês, o ano!’’ E a necessidade de comunicar-se? Será que para a execução das atividades do dia a dia não precisamos do outro?
      
     Sabido da precisão material e mútua, o homem é carente interiormente. Decerto nada do que é efêmero nos satisfaz; sempre queremos alçar voos para galgarmos os mais elevados patamares e destarte não nos preenchemos. A Filosofia nos apresenta três indagações acerca do gênero humano: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? De fato, as supracitadas, poderão ser respondidas à luz da Religião.
     
       Certa vez um colunista publicou a seguinte afirmação: ‘’O Homem não tem necessidade da Religião.’’ Esta faz lembrar, a frase de Karl Marx dizendo que a ‘’religião é o ópio do povo.’’ A assertiva do colunista gera em nós críticas; pois, tão quanto o nosso biológico exige de nós, com mais excelência a nossa psyché  (alma) e o espírito.  Há muitos teóricos insistindo com veemência, a alienação gerada pela  Religião , todavia trata-se dum equívoco, uma vez que ela foi deixada para libertar o Gênero Humano das cadeias ideológicas, permitindo-lhe, em sua plenitude, saber quem o é.  
                            
     ‘’O homem está à procura de Deus. Pela criação, Deus chama todo ser do nada à existência. ‘’Coroado de glória e esplendor’’ (Salmo 8,6), o homem é, depois dos anjos, capaz de reconhecer que é ‘’poderoso o Nome do Senhor em toda a terra.’’ ( Salmo 8, 12) Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu pecado, o homem continua sendo um ser feito à imagem de seu Criador. Conserva o desejo daquele que o chama à existência. Todas as religiões testemunham essa procura essencial dos homens. ( cf. CIC- 2566)
         
      Eis aí, irmãos, o protagonismo da Religião. Elevar o indivíduo até Deus; aproximá-lo, esclarecê-lo que veio  Dele e para Ele voltará. Desde o ato da criação; vemos a Trindade Santíssima  conceder ao homem a sua Imagem e Semelhança. Deste gesto amoroso percebemos a vontade do Criador em fazê-lo partícipe do mistério da salvação.
     
   Lateja no coração humano uma satisfação perene, sobretudo na contemporaneidade em que tudo tornar-se descartável. O homem é sem dúvida, o único ser cujo olhar deve permanecer fixado para o Transcendente, o que lho é superior e capaz de responder os anseios mais profundos.

terça-feira, 26 de junho de 2012



Um estudo elaborado por um grupo de psicólogos das universidades Universidade de Riverside, Stanford e British Columbia indica que a paternidade aumenta nos homens os níveis de felicidade em comparação com aqueles que não têm filhos, e evidenciou também que as crianças não são uma fonte de problemas.

Segundo a investigação chamada “Em Defesa da Família: As crianças estão associadas com mais alegria que penas”, os pais que participaram do estudo manifestaram um maior grau de felicidade, emoções positivas e vontade de viver que os homens sem filhos.

Do mesmo modo, contra o que comumente se acredita em várias sociedades do mundo, o estudo demonstrou que os pais são mais felizes quando estão cuidando dos seus filhos que em qualquer outro tipo de atividade cotidiana, “apesar das responsabilidades adicionais às que conduz”.

Nesse sentido, Elizabeth W. Dunn, psicóloga social da Universidade de British Columbia no Canadá, assinalou que os benefícios emocionais da paternidade se relacionam com o aumento da responsabilidade.

“Ao estar pendente dos cuidados de outra pessoa se fomenta certo altruísmo e o homem deixa de estar tão centrado em si mesmo, e partir desta óptica fomenta-se as emoções positivas”, expressou Dunn, quem esclareceu ainda que “não se trata de procurar os sentimentos positivos através dos filhos, mas sim de implicar-se em seu cuidado e educação”.

Finalmente, os investigadores indicaram que o estudo também contradiz aqueles que acreditam que os filhos são uma fonte de problemas. Segundo o estudo, os filhos não prejudicam o desenvolvimento pessoal dos pais nem limitam suas relações sociais.


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Três meses antes da abertura do Ano da Fé entra no ar o website do evento: www.annusfidei.va.
Na conferência para a imprensa, o presidente do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização, Dom Rino Fisichella, apresentou o portal, a logomarca, o hino e o calendário dos eventos principais presididos pelo Papa.
Todos os detalhes sobre os eventos do Ano da Fé podem ser encontrados no novo portal
O segundo jubileu na história dedicado à fé começará no próximo dia 11 de outubro com a celebração eucarística presidida pelo Papa com os padres sinodais e conciliares. Na programação está prevista também a cerimônia com o sacramento da Confirmação administrada pelo Santo Padre.
“O Ano da Fé, antes de tudo, pretende apoiar a fé de tantos crentes que no trabalho cotidiano não cessam de confiar com convicção e coragem a própria existência ao Senhor Jesus”, explicou Dom Fisichella, declarando que as várias iniciativas durante o Ano da Fé têm como objetivo despertar a fé em partes do mundo de tradição cristã.
A respeito do site, o prelado informou que todos os detalhes sobre os eventos e outras informações sobre o Ano da Fé podem ser encontrados nele, que contém subsídios, livros e todos os tipos de dispositivos. Em colaboração com as edições São Paulo foi publicada uma série de pequenos livros com as bases da fé católica
Sobre a logomarca do Ano da Fé, o presidente do dicastério explicou que ela salienta o caráter catequético do evento. Segundo o prelado, a imagem da Igreja representa um barco que navega sobre as ondas. Seu mastro é uma cruz. Este iça as velas queformam o trigrama de Cristo: IHS. Na logomarca, ao fundo, se vê representado o sol associado ao trigrama que se refere à Eucaristia.(foto abaixo)
Uma outra iniciativa do Vaticano dedicada ao Ano da Fé será a promoção da imagem do Cristo Pantocrátor da Catedral de Monreale com o credo niceno-constantinopolitano impresso atrás com um convite para aprendê-lo de cor.

domingo, 24 de junho de 2012

Solenidade da Natividade de São João Batista


    Hoje nos alegramos celebrando a Solenidade da Natividade de São João Batista, o magno profeta-pontífice entre as duas alianças. 
O que exaltarmos na vida de um homem, cuja existência fora pautada à entrega ao ministério profético messiânico? Acorramos às Escrituras Santas, aí, somente aí, encontraremos os caracteres de quão importante personagem na economia da salvação.
   Diz o evangelista: ''João morava no deserto da Judeia, alimentava-se de gafanhoto e mel silvestre, cingia-se com um cinturão feito com com couro de camelo. Reparemos, ainda, a voraz pregação desse, que, como disse Nosso Senhor, 'recebera a recompensa de profeta: ''João pregava a chegada do Reino de Deus. Admoestava: Que tiver duas túnicas, dê uma a quem não tem, quem tiver comida, faça o mesmo. Aos que usaram de defraude devolva duas vezes.''
   Eis o nosso São João, o Batista: simples, austero, temeroso, justo. Fora mister que o precursor do Filho de Deus possuísse tais virtudes. Ainda noutro lugar encontramos: ''João não era a luz, mas veio dá testemunho da luz.'' João não era a Palavra, mas era a voz, que preparava o povo do Messias davídico para receber o Cristo de Deus! João Batista, como assinala Isaías profeta, 'voz que brada no deserto: ''preparai o caminho do Senhor, endireitai suas veredas!''
   É louvável apreciar como o povo disperso nos macros e micros lugares do nosso país honra insigne baluarte, muitos, até, sem nem conhecê-lo. E o cristão? Quais os salutares exemplos que São João, filho de Zacarias e Isabel, deixa-nos? Temor a Deus, prática da justiça, têmpera profética, autenticidade no testemunho, total adesão ao projeto de Deus...
   É notório também nas imagens de São João a presença de um cordeiro. Primeiro porque foi ele quem apontou o Filho de Deus como o ''Agnus Dei'', anunciando assim, que o Messias era o verdadeiro Cordeiro de Deus, cuja obra desdobrar-se-ia na Ara da Cruz. Depois, porque ele, imolar-se-ia tal qual aquele cordeiro: o seu martírio. João Batista precursor no nascimento e na morte do nosso Divino Redentor. Bendito seja Deus, Senhor nosso, pela vida e e testemunho desse, como todos os dias, a Mãe Igreja, canta nas Laudes: ''serás profeta do Altíssimo, ó menino.''
Oxalá a Liturgia do natal de São João nos robusteça na procura diuturna da Suprema vontade: a de Deus.
São João Batista, rogai por nós!

sexta-feira, 15 de junho de 2012

Solenidade do Sagrado Coração de Jesus

Seu coração pensa, de geração em geração, para livrar da morte as suas almas e para os nutrir na fome. Exultai, ó justos, no Senhor; os retos de coração devem louvá-Lo. Salmo 32
                           Foto: ''Seu coração pensa, de geração em geração, para livrar da morte as suas almas e para os nutrir na fome. Exultai, ó justos, no Senhor; os retos de coração devem louvá-Lo.'' Salmo 32
          Com venerável introito, inicia, o sacerdote a Solenidade do Coração do Filho de Deus. Ao transcorrer do Ano Litúrgico, nas solenidades, festas e memórias a Mãe católica sempre honra o adamantino Coração do Seu Santíssimo Esposo. Eis as características de quão nobre Coração: amoroso, complacente, 'fornalha ardente de caridade', como roga-se piedosamente na ladainha. Mais que todos os adjetivos que se possa elencar, uma única expressão compendia: É o Coração do Homem-Deus!
         Ao nos depararmos com a Escritura, ainda que no Antigo Israel, vemos ainda que patente, a transbordante caridade do Coração de Deus. Pensemos quando o povo da aliança do Sinai estava no Egito. Pensemos! Deus cerca-o de 'carinho e proteção', quando da vez que mata os primogênitos do Egito, a pé enxuto faz com que Israel, seu bem- amado, atravessara incólume o Mar Vermelho, ao ponto que Faraó e seu exército é cruelmente tragados pelo mar. Ainda recordemos do povo no deserto, sujeito as povos guerrilheiros e idólatras. Como não lembrar do Povo de Deus no cativeiro babilônico, cruel momento na história da salvação em que o amado Israel prostitui-se com o ídolos de Nabucodonosor, abandonando o Deus dos patriarcas por 'um bezerro de ouro que tendo olhos não pode ver, tando ouvidos não pode ouvir.' Um deus insensível por Deus que é Amor e fidedigno a aliança. 
      Eis o Coração de Deus. Usando dos profetas e na imagem de Jerusalém, o seu povo, 'como a esposa repudiada', abandonada' acolhe a esposa infiel. E toma-a e adorna das mais belas 'safiras e rubis' como narra Isaías profeta. Em fatos de honras tão excelsas experimentara o Povo que o 'Senhor conquistou' aquele beatíssimo amor que nunca passa! ''Acolhe-nos como propriedade tua!'' ''Seremos o teu povo e tu, Senhor, Deus de nossos pais, serás o nosso Deus,''. Profissão de fé-amor do povo quando, o Senhor Deus, sancionava as alianças figurativas. Experimentou tal povo tamanho amor? Pensemos e guardemos. Se admiráveis foram os prodígios do Deus bendito e Senhor quando falava por meio dos santos patriarcas, reis, juízes, profetas, videntes... O que exclamarmos, nestes tempos, que são os últimos, quando, nos amando, encarna-se nas entranhas de Maria Virgem e Senhora, e Deus, no Verbo sempiterno, recebera um Coração tão humano e tão Divino? Coração de Jesus! Coração de Homem e Coração de Deus. Creiamos, ó irmãos da pia batismal, estamos associados, por sermos coerdeiros dos benefícios desse Coração Pascal.
     Ao vislumbrarmos e adorarmos o Coração trespassado perpendicularmente pela lança daquele oficial, recebeu a Igreja, ali nascida, como vê os Santos Padres Apostólicos, o refúgio dulcíssimo dos algozes e medos que ela passa da tirania dos homens. Bendito soldado, por feito tão horrendo, ao Nosso Senhor por nos conceder como que uma caverna em que não há enganos e abstrações, mas somente o Amor do Filho de Deus. A beatíssima promessa- convite de Jesus, concretiza-se em Coração tão adorado: 'Vinde, ó vós todos, que estais cansados e fatigados sobre o peso dos vossos fardos, vinde ter descanso em Mim! E de Mim, aprendei porquanto Sou manso e humilde de Coração.
     Esta hodierna solenidade deveras convida-nos a constante permanência em Cristo. Nele mesmo que comungaremos hoje na Hóstia Santíssima, na Sagrada Eucaristia. Permanecer é experimentá-lo também na torrente do Sacramento da Penitência.

     ''Transborda relva de flores o céu se enche de luz para entoar os louvores ao Coração de Jesus!''

      Com venerável introito, inicia, o sacerdote, a Solenidade do Coração do Filho de Deus. Ao transcorrer do Ano Litúrgico, nas solenidades, festas e memórias a Mãe católica sempre honra o adamantino Coração do Seu Santíssimo Esposo. Eis as características de quão nobre Coração: amoroso, complacente, 'fornalha ardente de caridade', como roga-se piedosamente na ladainha. Mais que todos os adjetivos que se possa elencar, uma única expressão compendia: É o Coração do Homem-Deus!

Ao nos depararmos com a Escritura, ainda que no Antigo Israel, vemos ainda que patente, a transbordante caridade do Coração de Deus. Pensemos quando o povo da aliança do Sinai estava no Egito. Pensemos! Deus cerca-o de 'carinho e proteção', quando da vez que mata os primogênitos do Egito, a pé enxuto faz com que Israel, seu bem- amado, atravessara incólume o Mar Vermelho, ao ponto que Faraó e seu exército é cruelmente tragados pelo mar. Ainda recordemos do povo no deserto, sujeito as povos guerrilheiros e idólatras. Como não lembrar do Povo de Deus no cativeiro babilônico, cruel momento na história da salvação em que o amado Israel prostitui-se com o ídolos de Nabucodonosor, abandonando o Deus dos patriarcas por 'um bezerro de ouro que tendo olhos não pode ver, tando ouvidos não pode ouvir.' Um deus insensível por Deus que é Amor e fidedigno  à aliança. 
     Eis o Coração de Deus. Usando dos profetas, e na imagem de Jerusalém, o seu povo, 'como a esposa repudiada', abandonada' acolhe a esposa infiel. E toma-a e adorna das mais belas 'safiras e rubis' como narra Isaías profeta. Em fatos de honras tão excelsas experimentara o Povo que o 'Senhor conquistou' aquele beatíssimo amor que nunca passa! ''Acolhe-nos como propriedade tua!'' ''Seremos o teu povo e tu, Senhor, Deus de nossos pais, serás o nosso Deus,''. Profissão de fé-amor do povo quando, o Senhor Deus, sancionava as alianças figurativas. Experimentou tal povo tamanho amor? Pensemos e guardemos. Se admiráveis foram os prodígios do Deus bendito e Senhor quando falava por meio dos santos patriarcas, reis, juízes, profetas, videntes... O que exclamarmos, nestes tempos, que são os últimos, quando, nos amando, encarna-se nas entranhas de Maria Virgem e Senhora, e Deus, no Verbo sempiterno, recebera um Coração tão humano e tão Divino? Coração de Jesus! Coração de Homem e Coração de Deus. Creiamos, ó irmãos da pia batismal, estamos associados, por sermos coerdeiros dos benefícios desse Coração Pascal.
     Ao vislumbrarmos e adorarmos o Coração trespassado perpendicularmente pela lança daquele oficial, recebeu a Igreja, ali nascida, como vê os Santos Padres Apostólicos, o refúgio dulcíssimo dos algozes e medos que ela passa da tirania dos homens. Bendito soldado, por feito tão horrendo, ao Nosso Senhor por nos conceder como que uma caverna em que não há enganos e abstrações, mas somente o Amor do Filho de Deus. A beatíssima promessa- convite de Jesus, concretiza-se em Coração tão adorado: 'Vinde, ó vós todos, que estais cansados e fatigados sobre o peso dos vossos fardos, vinde ter descanso em Mim! E de Mim, aprendei porquanto Sou manso e humilde de Coração.
Esta hodierna solenidade deveras convida-nos a constante permanência em Cristo. Nele mesmo que comungaremos hoje na Hóstia Santíssima, na Sagrada Eucaristia. Permanecer é experimentá-lo também na torrente do Sacramento da Penitência.

''Transborda relva de flores o céu se enche de luz para entoar os louvores ao Coração de Jesus!''

quinta-feira, 7 de junho de 2012

Papa destaca valor da Adoração Eucarística


Após a Missa, o Papa percorreu as ruas de Roma com o Santíssimo Sacramento em procissão até a Basílica de Santa Maria Maior
O Papa Bento XVI presidiu a Missa da Solenidade de Corpus Christi nesta quinta-feira, 7, na Basílica de São João de Latrão, em Roma. Milhares de fiéis participaram da Celebração e da procissão até a Basílica de Santa Maria Maior, logo após a Missa.

Na homilia, o Papa destacou que é importante manter vivo “o sentido da presença constante de Jesus no meio de nós e conosco, uma presença concreta, próxima, entre as nossas casas, como 'Coração pulsante' da cidade"

Acesse
.: NA ÍNTEGRA: Homilia de Bento XVI

O Santo Padre explicou dois aspectos do Mistério Eucarístico, ligados entre si: o culto da Eucaristia e sua sacralidade. Sobre o valor do culto eucarístico, o Papa deteve-se sobre o sentido e importância da adoração ao Santíssimo Sacramento.

Uma interpretação parcial do Concíclio Vaticano II restringiu a Eucaristia ao momento celebrativo, da Santa Missa. Segundo Bento XVI, foi "muito importante reconhecer a centralidade da celebração, em que o Senhor convoca o seu povo e o reúne em torno da dúplice Ceia da Palavra e do Pão da vida, o nutre e o une a Si na oferta do Sacrifício". Porém, embora essa valorização da assembleia litúrgica seja válida, ela deve ser reinserida no justo equilíbrio.

O destaque dado à Santa Missa acabou sacrificando o valor da Adoração Eucarística, como ato de fé e oração dirigido ao Senhor Jesus presente na Eucaristia. "De fato, concentrando toda a relação com Jesus Eucaristia somente no momento da Santa Missa, corre-se o risco de esvaziar de Sua presença o restante do tempo e do espaço existenciais".

O Papa ressaltou que é errado contrapor a celebração e a adoração, como se estivessem em concorrência uma com a outra. O que acontece é precisamente o contrário. "O culto do Santíssimo Sacramento constitui o 'ambiente' espiritual dentro do qual a comunidade pode celebrar bem e em verdade a Eucaristia. Somente se for precedida, acompanhada e seguida por essa atitude interior de fé e de adoração, a ação litúrgica poderá expressar seu pleno significado e valor", explicou.

Bento XVI enfatizou: "O encontro com Jesus na Santa Missa se realiza realmente e plenamente quando a comunidade é capaz de reconhecer que Ele, no Sacramento, habita a sua casa, nos aguarda, nos convida à sua ceia e, a seguir, depois que a assembleia se desfaz, permanece conosco, com a sua presença discreta e silenciosa, e nos acompanha com a sua intercessão, continuando a recolher os nossos sacrifícios espirituais e a oferecê-los ao Pai".

O Santo Padre insistiu que não se podem separar comunhão e contemplação. "Para comunicar realmente com outra pessoa devo conhecê-la, saber estar em silêncio ao seu lado, ouvi-la, olhá-la com amor. O verdadeiro amor e a verdadeira amizade vivem sempre desta reciprocidade de olhares, de silêncios intensos, eloquentes, repletos de respeito e de veneração, de modo que o encontro seja vivido profundamente, de modo pessoal e não superficial".

Sobre a sacralidade da Eucaristia, o Papa explicou que o centro do culto cristão não está nos ritos e sacrifícios antigos, mas sim no próprio Cristo, no seu mistério pascal. "Desta novidade fundamental não se deve concluir que o sagrado não existe mais, mas que encontrou sua realização em Jesus Cristo, Amor divino encarnado", disse.

Jesus não aboliu o sagrado, ressaltou Bento XVI, Ele o levou ao cumprimento, inaugurando um novo culto, plenamente espiritual. Em todo o caso, "enquanto vivemos no tempo, precisamos de sinais e ritos, que desaparecerão somento no fim, na Jerusalém Celeste".

Por fim, o Papa sublinhou que "o sagrado possui uma função educativa, e seu desaparecimento inevitavelmente empobrecerá a cultura, de modo particular a formação das novas gerações".
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