É pertinente salientarmos a necessidade, mesmo transitória, da Humanidade. Será que já fizemos uma perlustração do quotidiano? Talvez não. Somos levados pelo ritmo: o estudo, o trabalho, os filhos... quando deparamos-nos vem o crepúsculo e, por conseguinte, o ocaso de mais um dia; e às vezes exclamamos- ‘’como passou rápida a semana, o mês, o ano!’’ E a necessidade de comunicar-se? Será que para a execução das atividades do dia a dia não precisamos do outro?
Sabido da precisão material e mútua, o homem é carente interiormente. Decerto nada do que é efêmero nos satisfaz; sempre queremos alçar voos para galgarmos os mais elevados patamares e destarte não nos preenchemos. A Filosofia nos apresenta três indagações acerca do gênero humano: Quem somos? De onde viemos? Para onde vamos? De fato, as supracitadas, poderão ser respondidas à luz da Religião.
Certa vez um colunista publicou a seguinte afirmação: ‘’O Homem não tem necessidade da Religião.’’ Esta faz lembrar, a frase de Karl Marx dizendo que a ‘’religião é o ópio do povo.’’ A assertiva do colunista gera em nós críticas; pois, tão quanto o nosso biológico exige de nós, com mais excelência a nossa psyché (alma) e o espírito. Há muitos teóricos insistindo com veemência, a alienação gerada pela Religião , todavia trata-se dum equívoco, uma vez que ela foi deixada para libertar o Gênero Humano das cadeias ideológicas, permitindo-lhe, em sua plenitude, saber quem o é.
‘’O homem está à procura de Deus. Pela criação, Deus chama todo ser do nada à existência. ‘’Coroado de glória e esplendor’’ (Salmo 8,6), o homem é, depois dos anjos, capaz de reconhecer que é ‘’poderoso o Nome do Senhor em toda a terra.’’ ( Salmo 8, 12) Mesmo depois de ter perdido a semelhança com Deus por seu pecado, o homem continua sendo um ser feito à imagem de seu Criador. Conserva o desejo daquele que o chama à existência. Todas as religiões testemunham essa procura essencial dos homens. ( cf. CIC- 2566)
Eis aí, irmãos, o protagonismo da Religião. Elevar o indivíduo até Deus; aproximá-lo, esclarecê-lo que veio Dele e para Ele voltará. Desde o ato da criação; vemos a Trindade Santíssima conceder ao homem a sua Imagem e Semelhança. Deste gesto amoroso percebemos a vontade do Criador em fazê-lo partícipe do mistério da salvação.
Lateja no coração humano uma satisfação perene, sobretudo na contemporaneidade em que tudo tornar-se descartável. O homem é sem dúvida, o único ser cujo olhar deve permanecer fixado para o Transcendente, o que lho é superior e capaz de responder os anseios mais profundos.
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