domingo, 31 de julho de 2011

'O mundo não pode permanecer indiferente à fome na África', diz o Papa

(AFP)

CASTEL GANDOLFO, Itália — O mundo não deve ficar indiferente à fome e à seca que ameaçam 12 milhões de pessoas no Chifre da África, afirmou neste domingo o Papa Bento XVI.
"Nós não devemos ficar indiferentes ao drama da fome e da sede", declarou o Papa diante de centenas de peregrinos em Castel Gandolfo, a residência de verão do Sumo Pontífice, durante a oração do Angelus semanal.


"Muitos irmãos e irmãs no Chifre da África sofrem as consequências dramáticas da fome, agravada pela guerra e pela falta de instituições estáveis", acrescentou.

O Papa pediu "compaixão e solidariedade fraterna".

Bento XVI referiu-se à Bíblia, especialmente à história da milagrosa multiplicação dos pães por Cristo. "Jesus nos lembra-nos de nossa responsabilidade de ajudar os que têm fome e sede".

O Chifre da África está sofrendo sua pior seca em décadas, segundo a ONU.

A ONU, que também falou sobre a crise alimentar mais grave na África nos últimos 20 anos, estima que cerca de 12 milhões de pessoas estão ameaçadas na região.

De acordo com o Secretário-Geral da ONU Ban Ki-moon, são necessários US$ 1,6 bilhão apenas para a Somália.

sábado, 30 de julho de 2011

Papa Bento XVI deve visitar o Brasil em 2013

Prefeito Eduardo Paes espera para agosto a confirmação da cidade como sede da Jornada Mundial da Juventude, evento religioso que reúne 600 mil pessoas
O papa Bento XVI deve visitar o Rio de Janeiro em 2013. A informação foi dada pelo prefeito da cidade, Eduardo Paes, na manhã desta sexta-feira(29), no Palácio da Cidade. A confirmação, segundo o alcaide, deve ser dada pelo pontífice em agosto.

O Rio de Janeiro disputa, segundo Paes, a possibilidade de receber a Jornada Mundial da Juventude em 2013 – evento mundial de evangelização da Igreja Católica. “Provavelmente a confirmação da conquista do Rio virá em agosto, em uma declaração do Papa”, disse o prefeito.

A declaração do prefeito foi feita durante o encontro com autoridades do mundo do esporte. Segundo Paes, o fato de a cidade estar com o prestígio em alta, com vários eventos internacionais programados, ajuda na disputa. Em 2013, o Brasil recebe a Copa das Confederações, que tem o Rio como uma de suas sedes. A cidade acabou de receber também os Jogos Mundiais Militares e, em 2016, será sede dos Jogos Olímpicos.

A Jornada Mundial da Juventude reúne cerca de 600 mil pessoas de vários países. De acordo com o secretário municipal de Turismo, Antônio Pedro Figueira, também disputam o evento as cidades brasileiras de São Paulo e Belo Horizonte.


sexta-feira, 22 de julho de 2011

Encontros Vocacionais marcam o primeiro semestre do Seminário Arquidiocesano Sagrado Coração de Jesus

Os encontros vocacionais acontecem todos os primeiros finais de semana de cada mês, objetivando-se em acolher os jovens que se sentem chamados ao sacerdócio. Neste primeiro semestre, os encontros foram marcados pela diversidade das formas que a identidade sacerdotal fora apresentada, marcados também pela expressiva participação dos nossos caríssimos vocacionados. Para externar, um pouco, aquilo que vivenciamos, postamos as fotos dos encontros e os comentários dos seminaristas do nosso Seminário Propedêutico 2011:
Rominique – Ser vocacionado ao sacerdócio é atender ao chamado do primeiro amor que é Cristo, não que O tenhamos amado primeiro, mas Ele quem primeiro nos amou.


Roberto – Acredito que os encontros vocacionais têm causado interesse e envolvimento por conta das novas maneiras de apresentação dos temas propostos.
Marcelo – Acredito que os encontros estão sendo fundamentais para o discernimento da vocação de cada jovem que acorre à Casa de Formação, o Seminário.


Thiago – Partilhar as experiências vocacionais nos Encontros nos faz mais íntimos de nossa vocação.

Gedeão - Jesus é a nossa razão de estarmos aqui. É quem nos sustenta e nos impulsiona a configurarmo-nos a cada dia ao Seu ideal de verdade, de luz, de amor. Assim é a nossa vida... Assim acontecem os nossos encontros vocacionais. Ouvimos o que o Espírito nos inspira e nos empenhamos a mostrar Cristo através de nossas ações, dos nossos desejos, de nossas vidas. Por isso, a Ele, toda a glória e todo louvor, por todos os séculos. Amém.


Jhon Lennon – “Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus”. (Rm 8, 28) Isto é bem verdade! E não acontece de forma diferente com a vocação, de forma sublime e inexplicável Deus se revela e manifesta sua vontade.


Lucas Rafael – “Vinde ver”. (Jo 1, 39) A pastoral vocacional é um meio onde nós vocacionados nos encontramos com o Mestre; e aqui deixamos que Jesus nos fale, nos mostre se realmente somos chamados ou não a vida sacerdotal, se temos a capacidade de deixar tudo e ficar só com Ele.

Cleverton – Os encontros vocacionais têm sido momentos de verdadeiros encontros com Deus e certeza de um suscitar vocacional.


Damião – O Senhor que em sua Bondade infinita, a todo instante, renova a sua aliança com seus eleitos. Seu chamado a vocação sacerdotal pede de cada um de nós uma resposta generosa e cheia de gratidão. Que o Espírito Santo nos dê a Graça de corresponder esse chamado.


Elenilson – Vejo que com a Graça de Deus, estes jovens que participam dos Encontros Vocacionais já começam bem, no discernimento vocacional sacerdotal; nisso vemos a FÉ.

Joranne Fagner – Observando os Encontros Vocacionais contemplo a Voz de Deus que ecoa através dos séculos, chegando até nós. Sublime Graça é ouvir e responder a Voz do Senhor!


André Luíz – O sorriso e júbilo dos vocacionados expressam a alegria daqueles que foram escolhidos para propagar o Evangelho.


Carlos Eduardo – A participação nos Encontros Vocacionais é continuação de uma resposta, dada em nosso coração, que com o tempo poderemos responder bem ao chamado de Deus.

Contra o aborto: grupo já reuniu 600 mil assinaturas na Polônia

Os ativistas pró-vida da Polônia reuniram 600 mil assinaturas a favor de um projeto de lei que poderia proibir todo tipo de aborto no país ao consagrar a proteção do não-nascido a partir momento da concepção. O atual sistema legislativo polonês exigia aos promotores da medida reunir 100 mil assinaturas em três meses. Entretanto, a Fundação PRO da Polônia, responsável pela iniciativa, conseguiu 600 mil assinaturas em apenas duas semanas. A iniciativa popular conta com o apoio da Igreja Católica e o novo comitê parlamentar pró-vida. Na quinta-feira 7 de julho, a iniciativa obteve uma primeira votação favorável à proposta na câmara inferior do Parlamento."Este projeto constitui uma oportunidade para rechaçar definitivamente a herança do nazismo e do comunismo com a qual o aborto chegou à Polônia em primeira instância", explicou Jacek Sapa da Fundação PRO e recordou que "foram Hitler e Stalin que impuseram isto aos poloneses, e já é hora de que nos separemos abertamente dessas ideologias mortíferas". Conforme recorda a agência AICA, "desde que os comunistas foram derrotados em 1989, a Polônia se esforça por restaurar sua herança cultural e religiosa católica. Como parte deste projeto, em 1993 o país aprovou uma das leis de aborto mais restritivas do Ocidente. Depois deste fato a taxa de abortos caiu drasticamente: segundo as cifras do Ministério da Saúde houve uma diminuição de 82.000 abortos em 1989 a perto de 500 em 2008".Segundo a legislação atual, só é possível praticar um aborto quando a criança é diagnosticada com uma deficiência ou enfermidade grave, quando a mãe tem um problema de saúde grave ou quando a gravidez é produzida como resultado de "um ato ilícito"."Entretanto os médicos abusam freqüentemente da lei e dos itens despenalizados. E embora se suponha que os abortos somente podem ser praticados até chegar ao ponto de viabilidade, perto das 24 semanas, na prática os médicos dão datas inexatas", acrescenta o pró-vida polonês.


4 milhões de assinaturas a favor da vida e contra o aborto na Colômbia

O Secretário Geral da Conferência Episcopal da Colômbia (CEC), Dom Juan Vicente Córdoba, informou à agência ACI Prensa que até o momento a iniciativa para blindar a vida contra o aborto constitucionalmente já conta com o apoio de mais de 4 milhões de assinaturas.Assim indicou o Prelado em diálogo telefônico com a ACI Prensa diante da próxima apresentação, no dia 20 de julho, da iniciativa que busca modificar o artigo 11 da Constituição para blindar a vida desde a fecundação até a morte natural.Com efeito, diversos meios colombianos como RCN e Caracol Radio informaram que esse dia o presidente do Partido Conservador, José Darío Salazar, apresentará o projeto de reforma constitucional.Dom Córdoba explicou ao grupo ACI que embora a medida seja apresentada por Salazar, "este não é um projeto do Partido Conservador" como afirmam diversos meios, mas é "multipartidário e multirreligioso".A iniciativa que busca a proteção da vida em todas suas fases conta com o apoio de deputados de diversos setores políticos e conta ademais com o respaldo de evangélicos, diversas denominações cristãs, judeus e muçulmanos na Colômbia.Dom Córdoba explicou ademais que a modificação constitucional que está sendo exposta fecha "toda possibilidade ao aborto ou à eutanásia".O Secretário da CEC disse também à ACI Prensa que as 4 milhões de assinaturas reunidas nos últimos meses, mostram "um apoio popular" à iniciativa, que expressam além disso "o sentir do povo que respalda a vida".

Fonte: www.acidigital.com

A simbologia do Círio Pascal

O Círio Pascal provém do costume romano de iluminar a noite com muitas lâmpadas. Essas lâmpadas passaram a serem sinais do Senhor ressuscitado, dentro da "noite da morte". Originalmente, o Círio tinha a altura de um homem, simbolizando o Cristo-luz que brilha nas trevas.

Os teólogos francos e galicanos enriqueceram-no com elementos mais simbólicos ainda. Aparecem assim as inscrições de Cristo, ontem e hoje, Princípio e fim e a primeira e a última letra do alfabeto grego (alfa e ômega). Coloca-se ainda o ano litúrgico corrente, pois Cristo é o centro da História e a Ele compete o tempo, a eternidade, a glória e o poder pelos séculos.

São impostos ainda, cinco grãos de incenso, numa espécie de cravo de cera vermelha, rezando: "por suas santas chagas (estes são os símbolos delas), suas chagas gloriosas, Cristo Senhor nos proteja e nos guarde". O sacerdote acende logo em seguida o Círio, que é a Luz de Cristo, é o próprio Cristo. Entoa-se o refrão: "Eis a luz de Cristo!" E todos respondem: "Demos graças a Deus!"

Depois de ter entrado na igreja, o cortejo, que se forma atrás do Círio Pascal é repleto de mais símbolos. Trata-se aqui da alusão às palavras do Evangelho de São João: "Eu sou a Luz do mundo; quem me segue não caminhará nas trevas, mas terá a luz da vida". (Jo 8,12). O Círio, conduzido à frente pelo diácono, recorda a coluna de fogo pela qual Yahweh precedia, na escuridão da noite, o povo de Israel, ao sair da escravidão do Egito, e lhe mostrava o caminho (Cf. Ex 13,21); No percurso, todos os fiéis acompanham o andar do Círio, acendendo suas velas, significando assim, que todos somos novas criaturas, banhados pelo sangue do Cordeiro e iluminados pelo Cristo Ressuscitado, que caminha em meio ao seu povo.

Chegando ao altar, depois da solene entronização e incensação, o diácono canta o Exsultet ou Precônio Pascal. As ideias centrais deste hino, de autor desconhecido, são tiradas dos pensamentos de Santo Ambrósio e de Santo Agostinho. Ele canta as maravilhas da libertação do povo de Israel, perpassando toda a sua história, até a "Grande Noite" ou "Noite Santa", tão mais que a noite do Natal do Senhor. Daí, entendermos que esta é a maior de todas as Solenidades da Igreja! É "a Noite das noites". Noite esta que se torna o Dies Domini, O Dia do Senhor, que se estende por mais oito dias (oitava).

Este é o cântico da vitória de Cristo sobre a morte, que resgatou nossos pais do sono da morte e, por consequência, toda a humanidade, simbolizada por Adão e Eva. Por isso, nesta Noite, entoamos o solene "Aleluia", isto é, o "louvor a El". Esta palavra está no imperativo hebraico e significa, literalmente, "louvai a Ele!" (Hallel-uyah!)

O Círio Pascal permanece junto ao ambão durante todo o Tempo Pascal, até Pentecostes, inclusive. Ele é o sinal da Vida nova em Cristo. É ele o verdadeiro símbolo da Páscoa e não os "ovos" ou "coelhos", que têm significados de fertilidade e de vida, mas que distorcem os sinais da vida nova em Cristo.

Portanto, sigamos o Senhor nosso Jesus Cristo, Luz que brilha nas trevas do mundo! Louvemos a Ele, que vive, reina e impera! Entoemos "Aleluia!" "Aleluia!" "Aleluia!"


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cardeal Dom Cláudio Hummes é nomeado membro da Pontifícia Comissão para a América Latina

O prefeito emérito da Congregação para o Clero, cardeal dom Cláudio Hummes ,foi nomeado nesta terça-feira, 19, pelo papa Bento XVI, membro da Pontifícia Comissão para a América Latina (CAL).
Além dele, o pontífice nomeou outros membros para a CAL: o arcebispo emérito de Santiago do Chile, cardeal dom Francisco Javier Errázuriz Ossa; o arcebispo de Santa Cruz de la Sierra, na Bolívia, cardeal dom Julio Terrazas Sandoval; o arcebispo de di Tegucigalpa, em Honduras, cardeal dom Oscar Andrés Rodríguez Maradiaga; e o arcebispo de Lima, no Peru, cardeal dom Juan Luis Cipriani Thorne.
Bento XVI nomeou Conselheiro da CAL, o chanceler das Pontifícias Academias das Ciências e Ciências Sociais, dom Marcelo Sánchez Sorondo.
Dom Cláudio Hummes
O cardeal dom Cláudio Hummes é frade franciscano e nasceu em Montenegro (RS), em 8 de agosto de 1934. Foi o 18º bispo de São Paulo, sendo seu 6º arcebispo e 4º cardeal; é arcebispo emérito de São Paulo.
Em 31 de outubro de 2006, foi nomeado prefeito da Congregação para o Clero, na Cúria Romana. Sua renúncia do cargo foi apresentada por limites de idade e aceita no dia 7 de outubro de 2010.



terça-feira, 19 de julho de 2011

10 conselhos de Bento XVI aos jovens





1) Conversar com Deus
“Algum de vós poderia talvez identificar-se com a descrição que Edith Stein fez da sua própria adolescência, ela, que viveu depois no Carmelo de Colônia: “Tinha perdido consciente e deliberadamente o costume de rezar”. Durante estes dias (de Jornada Mundial da Juventude) podereis recuperar a experiência vibrante da oração como diálogo com Deus, porque sabemos que nos ama e, a quem, por sua vez, queremos amar”.
2) Contar-lhe as penas e alegrias
“Abri o vosso coração a Deus. Deixai-vos surpreender por Cristo. Dai-lhe o ‘direito de vos falar’ durante estes dias. Abri as portas da vossa liberdade ao seu amor misericordioso. Apresentai as vossas alegrias e as vossas penas a Cristo, deixando que ele ilumine com a sua luz a vossa mente e toque com a sua graça o vosso coração.
3) Não desconfiar de Cristo
“Queridos jovens, a felicidade que buscais, a felicidade que tendes o direito de saborear, tem um nome, um rosto: o de Jesus de Nazaré, oculto na Eucaristia. Só ele dá plenitude de vida à humanidade. Dizei, com Maria, o vosso ‘sim’ ao Deus que quer entregar-se a vós. Repito-vos hoje o que disse no princípio de meu pontificado: Quem deixa entrar Cristo na sua vida não perde nada, nada, absolutamente nada do que faz a vida livre, bela e grande. Não! Só com esta amizade se abrem de par em par as portas da vida. Só com esta amizade se abrem realmente as grandes potencialidades da condição humana. Só com esta amizade experimentamos o que é belo e o que nos liberta. Estai plenamente convencidos: Cristo não tira nada do que há de formoso e grande em vós, mas leva tudo à perfeição para a glória de Deus, a felicidade dos homens e a salvação do mundo”.
4) Estar alegres: querer ser santos
“Para além das vocações de consagração especial, está a vocação própria de todo o batizado: também é esta uma vocação que aponta para um ‘alto grau’ da vida cristã ordinária, expressa na santidade. Quando encontramos Jesus e acolhemos o seu Evangelho, a vida muda e somos impelidos a comunicar aos outros a experiência própria (…). A Igreja necessita de santos. Todos estamos chamados à santidade, e só os santos podem renovar a humanidade. Convido-vos a que vos esforceis nestes dias por servir sem reservas a Cristo, custe o que custar. O encontro com Jesus Cristo vos permitirá apreciar interiormente a alegria da sua presença viva e vivificante, para testemunhá-la depois no vosso ambiente”.
5) Deus: tema de conversa com os amigos
“São tantos os nossos companheiros que ainda não conhecem o amor de Deus, ou procuram encher o coração com sucedâneos insignificantes. Portanto, é urgente ser testemunhos do amor que se contempla em Cristo. Queridos jovens, a Igreja necessita autênticos testemunhos para a nova evangelização: homens e mulheres cuja vida tenha sido transformada pelo encontro com Jesus; homens e mulheres capazes de comunicar esta experiência aos outros”.
6) No Domingo, ir à Missa
“Não vos deixeis dissuadir de participar na Eucaristia dominical e ajudai também os outros a descobri-la. Certamente, para que dela emane a alegria que necessitamos, devemos aprender a compreendê-la cada vez mais profundamente, devemos aprender a amá-la. Comprometamo-nos com isso, vale a pena! Descubramos a íntima riqueza da liturgia da Igreja e a sua verdadeira grandeza: não somos os que fazemos uma festa para nós, mas, pelo contrário, é o próprio Deus vivo que prepara uma festa para nós. Com o amor à Eucaristia redescobrireis também o sacramento da Reconciliação, no qual a bondade misericordiosa de Deus permite sempre que a nossa vida comece novamente”.
7) Demonstrar que Deus não é triste
“Quem descobriu Cristo deve levar os outros para ele. Uma grande alegria não se pode guardar para si mesmo. É necessário transmiti-la. Em numerosas partes do mundo existe hoje um estranho esquecimento de Deus. Parece que tudo anda igualmente sem ele. Mas ao mesmo tempo existe também um sentimento de frustração, de insatisfação de tudo e de todos. Dá vontade de exclamar: Não é possível que a vida seja assim! Verdadeiramente não”.
8) Conhecer a fé
“Ajudai os homens a descobrir a verdadeira estrela que nos indica o caminho: Jesus Cristo. Tratemos, nós mesmos, de conhecê-lo cada vez melhor para poder conduzir também os outros, de modo convincente, a ele. Por isso é tão importante o amor à Sagrada Escritura e, em consequência, conhecer a fé da Igreja que nos mostra o sentido da Escritura”.
9) Ajudar: ser útil
“Se pensarmos e vivermos inseridos na comunhão com Cristo, os nossos olhos se abrem. Não nos conformaremos mais em viver preocupados somente conosco mesmo, mas veremos como e onde somos necessários. Vivendo e atuando assim dar-nos-emos conta rapidamente que é muito mais belo ser úteis e estar à disposição dos outros do que preocupar-nos somente com as comodidades que nos são oferecidas. Eu sei que vós, como jovens, aspirais a coisas grandes, que quereis comprometer-vos com um mundo melhor. Demonstrai-o aos homens, demonstrai-o ao mundo, que espera exatamente este testemunho dos discípulos de Jesus Cristo. Um mundo que, sobretudo mediante o vosso amor, poderá descobrir a estrela que seguimos como crentes”.
10) Ler a Bíblia
“O segredo para ter um ‘coração que entenda’ é edificar um coração capaz de escutar. Isto é possível meditando sem cessar a palavra de Deus e permanecendo enraizados nela, mediante o esforço de conhecê-la sempre melhor. Queridos jovens, exorto-vos a adquirir intimidade com a Bíblia, a tê-la à mão, para que seja para vós como uma bússola que indica o caminho a seguir. Lendo-a, aprendereis a conhecer Cristo. São Jerônimo observa a este respeito: ‘O desconhecimento das Escrituras é o desconhecimento de Cristo’”.


Fonte: http://destrave.cancaonova.com

Papa convida a usar o escapulário

“Sinal particular da união com Jesus e Maria”

CASTEL GANDOLFO (ZENIT.org) – Bento XVI convidou, neste domingo, a usar o escapulário de Nossa Senhora do Carmo, como “um sinal particular da união com Jesus e Maria”.

O Pontífice recomendou, em polonês, que se use este objeto de tecido, de cor marrom, que se pendura no pescoço, no final do seu encontro com os peregrinos por ocasião do Ângelus.

Não parece coincidência que o Santo Padre tenha dito estas palavras em polonês, pois João Paulo II usava o escapulário desde a sua juventude e via nele um símbolo de “defesa nos perigos, selo de paz e sinal do auxílio de Maria”.

As palavras de Bento XVI ressoavam um dia depois da celebração da memória de Nossa Senhora do Carmo, que recorda este gesto de devoção.

“O escapulário é um sinal particular da união com Jesus e Maria – disse. Para aqueles que o usam, constitui um sinal do abandono filial na proteção da Virgem Imaculada. Em nossa batalha contra o mal, que Maria, nossa Mãe, nos cubra com seu manto”, concluiu.

Como explica a Ordem dos Carmelitas Descalços no seu site, o escapulário, em sua origem, era um avental que os monges usavam sobre o hábito religioso durante o trabalho manual. Com o tempo, assumiu o significado simbólico de querer carregar a cruz de cada dia, como os verdadeiros seguidores de Jesus.A própria Ordem esclarece que o escapulário não é “um objeto para uma proteção mágica (um amuleto)”, “em uma garantia automática de salvação”, “nem uma dispensa para não viver as exigências da vida cristã, muito pelo contrário!”.

Brasil, México e Argentina entre as 10 delegações mais numerosas da JMJ Madrid 2011

MADRI

Brasil, México e Argentina se encontram entre os 10 países que contarão com maior número de participantes na próxima Jornada Mundial da Juventude 2011 que se realiza entre os próximos dias 16 e 21 de agosto em Madri (Espanha). Segundo informação oficial até o momento há 414 000 jovens inscritos de 182 países e as dez nações com as delegações de maior número são: Itália, Espanha, França, Estados Unidos, Alemanha, Brasil, Portugal, México, Polônia e Argentina. A delegação brasileira poderia chegar aos 14 mil jovens, constituindo-se na maior delegação já reunida no país para uma JMJ. No continente africano os países com mais jovens inscritos são África do Sul e Nigéria; na Ásia a maior delegação é a das Filipinas enquanto na Oceania a Austrália levará o grupos mais numeroso. Também estarão presentes 799 jovens da Terra Santa: 535 provêm da Jordânia; 44 de Israel; 173 dos territórios Palestinos e 47 do Chipre.Mais de 25 000 religiosos, sacerdotes e seminaristas se inscreveram para comparecer à Jornada onde muitos deles se ofereceram como confessores e ministros da comunhão nas principais missas da JMJ. Na Jornada também participarão 744 Bispos de diferentes partes do mundo.


Mais informações www.madrid11.com

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Vaticano publica importante documento sobre a confissão

O Vaticano acaba de publicar o documento "O sacerdote, confessor e diretor espiritual: Ministro da misericórdia divina", um manual de instruções sobre como ser bons confessores, elaborado pela Congregação para o Clero.

O texto leva as assinaturas do Prefeito do dicastério, Cardeal Mauro Piacenza e o secretário, Dom Celso Morga, que fizeram votos para que "os sacerdotes possam descobrir de novo o valor pastoral destes meios simples, muito comuns, que parece que não têm força pastoral mas que são muito potentes se sabemos administrar bem e se valorizarmos o estar disponíveis para administrá-los".

A primeira parte do texto explica no que consiste o sacramento da Penitência e dá indicações práticas sobre como administrá-lo e recebê-lo melhor. Por exemplo, inclui um exame de consciência só para sacerdotes.

"Que os sacerdotes sejam muito disponíveis para as confissões e a direção espiritual e que ao mesmo tempo, eles, também eu, confessemo-nos freqüentemente e tenhamos a direção espiritual", disse Dom. Morga.

A segunda metade do texto explica a doutrina sobre a direção espiritual, ensina a ajudar a outras almas, e como deixar-se ajudar por um diretor espiritual.

Bento XVI está decidido a dar ele mesmo o exemplo sobre o valor do sacramento da confissão e a direção espiritual. Ele o fará com um gesto bastante expressivo: este verão se sentará em um confessionário durante a Jornada Mundial da Juventude de Madrid e administrará este Sacramento a vários jovens.

"É necessário voltar ao confessionário, como lugar no qual celebrar o sacramento da reconciliação, mas também como lugar onde “ habitar ” com mais frequência, para que o fi el possa encontrar misericórdia, conselho e conforto, sentir-se amado e compreendido por Deus e experimentar a presença da Misericórdia Divina, ao lado da Presença real na Eucaristia".

Com estas palavras, o Santo Padre Bento XVI se dirigia durante o recente Ano sacerdotal aos confessores, indicando a todos e cada um a importância e a conseguinte urgência apostólica de redescobrir o Sacramento da Reconciliação, tanto na qualidade de penitentes, como na qualidade de ministros.

O texto completo em português pode ser visto ou baixado na página da Congregação para o Clero:



Vaticano: 50 mil novos seguidores após o primeiro «tweet» de um Papa

Texto assinado por Bento XVI deu nova visibilidade à presença da Santa Sé nas redes sociais


Cidade do Vaticano (Ecclesia) – O Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais (Santa Sé) revelou que mais de 50 mil seguidores passaram a seguir a conta do Vaticano na rede social Twitter, após a primeira mensagem ali publicada por Bento XVI.


O texto do Papa, um gesto inédito, anunciava a 28 de junho o lançamento do novo portal de notícias ‘news.va’.

“Caros Amigos, acabo de lançar o http://www.news.va. Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! Com minhas orações e bênçãos, Benedictus XVI” indicava o ‘tweet’, que segundo o Vaticano foi reproduzido por “milhares” de utilizadores.


Os seguidores do Vaticano, na página em inglês, são já mais de 65 mil, um aumento de mais de 54 mil pessoas em menos de duas semanas.


O Twitter permite a transmissão de pequenas mensagens [até 140 carateres], chamados ‘tweets’ e, no caso do Vaticano, a conta destina-se à transmissão de informação sobre a atividade do Papa e da Santa Sé.

O novo portal referido por Bento XVI, www.news.va, apresenta as principais notícias publicadas ou emitidas tanto pela Rádio como pelo Centro Televisivo do Vaticano, bem como do VIS (Serviço de Informação do Vaticano), do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais e da Fides, agência de notícias do mundo missionário ligada à Santa Sé.

Encontram-se ainda ligações a várias redes sociais e o desenho do site adequa-se a dispositivos móveis, como o iPad, da Apple.

"Esta é uma nova abordagem para nós", indica o arcebispo Claudio Celli, presidente do Conselho Pontifício para as Comunicações Sociais.

A denominação Twitter deriva da palavra inglesa com a mesma grafia, que em português pode ser traduzida por “gorjear” ou “piar”, razão pela qual o logótipo daquela rede social representa um pássaro.


Ateu homossexual agradece ajuda do Bispo espanhol atacado pelo lobby gay

ALCALÁ DE HENARES


Um ateu homossexual se uniu à longa lista de pessoas agradecidas ao Bispo de Alcalá (Espanha), Dom Juan Antonio Reig Pla, que foi atacado por diversos meios e pelo lobby gay após inaugurar uma seção de ajuda para pessoas homossexuais chamada "Homossexualidade e esperança" na página web de sua diocese no fim de junho.

Logo depois de receber uma série de ataques provenientes do lobby gay, dos meios seculares como o jornal El Pais e de ideólogos gays do PSOE como Pedro Zerolo, um numeroso grupo de pessoas escreveu ao Bispo Reig Pla para expressar seu apoio à iniciativa de ajuda aos homossexuais que pode ser acessada no link:

http://www.obispadoalcala.org/homosexualidad.html

Como parte deste apoio, o grupo Es Posible la Esperanza (É possível a Esperança), ou EPE por suas siglas, animou a que mais pessoas a expressem sua solidariedade e apoio ao Prelado. Uma destas mensagens chegou da Venezuela, de parte de um jovem homossexual de nome Jesus, que reconhece "não ser crente (sou ateu). Admiro altamente sua coragem por ter iniciado uma nova página, para ajudar a divulgar a verdade sobre o tema da homossexualidade".

Este tema, prossegue, "foi manipulado pelos meios, organizações, governos e empresas, em busca de benefícios econômicos e políticos e em detrimento da verdade e o bem-estar, de todos os indivíduos que temos estes sentimentos, e sobre tudo aos que não queremos viver com isto, mas levar uma vida normal e em paz com nós mesmos e com a natureza".

Jesus assinala ademais que com esta perspectiva manipulada pelos meios e diversas organizações e governos "também se prejudica altamente as crianças e jovens com problemas de identidade sexual e que cada vez mais, são arrastados por esta onda de ignorância generalizada mesmo que no fundo para a maioria deles, a vida gay na verdade não é o que eles desejam".

"É por isso que todas essas iniciativas são bem-vindas, especialmente se vierem da igreja, e que graças a seu poder de convocação pode chegar a mais pessoas. Não resta mais o quê fazer a não ser seguir no caminho da verdade e recordando uma frase de Jesus (não sou religioso, mas um estudioso dos textos) ‘e conhecerão a verdade, e a verdade os fará livres’ (Jo 8:32)".

O rapaz venezuelano assinala logo que "já fica na consciência das pessoas que se opõem a ver a verdade empírica, científica e evidente, e preferem condenar com o véu da ignorância".

"A verdade se fez luz, e quanto mais se publique e se propague mais perto estaremos do momento em que seja reconhecida (por toda a sociedade) seriamente a possibilidade de mudança que querem ocultar, sobretudo a comunidade pró-gay, porque é mais cômodo simplesmente negar que aceitar que é possível mudar, e sobre tudo porque é preciso uma enorme consciência e força de vontade, que a maioria infelizmente não possui".

O ensinamento da Igreja sobre a Homossexualidade

A doutrina católica em relação à homossexualidade está resumida em três artigos do Catecismo da Igreja Católica; 2357, 2358 e 2359. Nestes artigos a Igreja ensina que:

Os homossexuais "Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza. Evitar-se-á, em relação a eles, qualquer sinal de discriminação injusta".

A homossexualidade, como tendência é "objetivamente desordenada", que "constitui, para a maior parte deles (os homossexuais), uma provação”.

Apoiada na Sagrada Escritura "a Tradição declarou sempre que "os atos homossexuais são intrinsecamente desordenados", "não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva e sexual" e portanto "não podem receber aprovação em nenhum caso".

"As pessoas homossexuais são chamadas à castidade” e "pelo apoio duma amizade desinteressada, pela oração e pela graça sacramental, podem e devem aproximar-se, gradual e resolutamente, da perfeição cristã".

Mais informação em espanhol:
http://www.obispadoalcala.org/homosexualidad.html

Para ver mais testemunhos de apoio ao Bispo visite:



Representante vaticano: Agenda pró-gay da ONU põe em risco a liberdade da Igreja

GENEBRA


O representante do Vaticano ante o Conselho de Direitos humanos das Nações Unidas (ONU) em Genebra, explicou que a recente resolução sobre a "orientação sexual e identidade de gênero" aprovada neste organismo internacional é parte de uma agenda que busca restringir a liberdade da Igreja.

"A resolução marca uma mudança. Nota-se como o começo de um movimento dentro da comunidade internacional e das Nações Unidas para incluir direitos dos homossexuais na agenda global de direitos humanos", explicou Dom Silvano Tomasi, chefe da Missão Permanente da Santa Sé perante a ONU em Genebra, em uma entrevista concedida por correio eletrônico à agência ACI Prensa.

O Arcebispo expressou sua preocupação pelas leis que surjam a partir da resolução, pois poderiam degradar socialmente o matrimônio e a família ao colocá-los no mesmo nível que as uniões homossexuais.

O representante do Vaticano também disse que o matrimônio se veria ameaçado por medidas para impulsionar a adoção de crianças por casais homossexuais e a introdução de uma "educação sexual obrigatória na escola que colide com os valores cristãos".

No último 17 de junho, o Conselho de Direitos Humanos da ONU em Genebra aprovou em uma votação de 23 votos favoráveis, 19 contrários e três abstenções, uma resolução na qual se ordena realizar um estudo para medir "o grau de discriminação por orientação sexual ou identidade de gênero no mundo", que foi celebrada pelos ativistas homossexuais e o Governo dos Estados Unidos como um passo "histórico" no impulso da agenda gay.

Em declarações ao grupo ACI, o Arcebispo Tomasi reiterou que a Igreja não apóia a violência contra os homossexuais nem as tentativas de certos estados de castigar uma pessoa simplesmente por "sentimentos e pensamentos".

"Acredito que a violência contra as pessoas homossexuais não é aceitável e deve ser rechaçada, apesar de que isto não implique uma aprovação de seu comportamento", afirmou.

Entretanto, o prelado esclareceu que os termos "orientação sexual e identidade de gênero" não estão "definidos no direito internacional" e para algumas pessoas "estas palavras são uma frase codificada para certos tipos de conduta".

O Arcebispo observou que todas as sociedades regulam o comportamento sexual, até certo ponto ao proibir práticas como o incesto, a pedofilia ou o estupro- em prol do bem comum.

"Em lugar de 'gênero', o conceito que devemos utilizar é o 'sexo', um término universal no direito natural se refere a homens e mulheres", indicou o Arcebispo e advertiu que términos "como ‘gênero’ ou ‘orientação sexual’ estão pensados para escapar da realidade e para dar capacidade a uma variedade de sentimentos e impulsos que logo se transformam em direitos", indicou.

Para o Arcebispo, este uso da linguagem pode parecer levianamente inofensivo enquanto os direitos alegados pareçam confinados à vida privada. Entretanto, ele advertiu que estas demandas estão em conflito com direitos autênticos como o livre exercício da religião e a educação dos filhos, quando permitem o surgimento de legislações contrárias à defesa da vida, do matrimônio e da família.

Dom Tomasi citou o caso da Espanha, onde nos últimos anos foi liberalizado o aborto, foram aprovadas as uniões homossexuais e adotada uma "política que nega o direito fundamental dos pais a escolherem a educação de seus filhos".

Dom Tomasi assinalou à ACI Prensa que os católicos de hoje têm uma responsabilidade "em esclarecer aspectos legais e morais da cultura atual", fazendo uma distinção entre os desejos e os direitos, a promoção da síntese católica entre a fé e a razão, e deixando em claro que uma sentença contra a homossexualidade é não é uma condena aos homossexuais.

"Há uma confusão na mente de algumas pessoas, na combinação de uma relação justa e de proteção para todas as pessoas - incluindo os homossexuais - e o apoio à função indispensável da família, o direito dos pais a educarem seus filhos, o apoio à família natural para o bem comum", acrescentou.

O representante do Vaticano junto ao Conselho de Direitos Humanos da ONU recordou que "o ensinamento da Igreja não está condicionado pelo consenso político" e por isso "às vezes é incompreendido e inclusive convertido no alvo de represálias e perseguição".

"A razão e a lei natural respaldam as posturas inspiradas na fé, e a convergência da fé e a razão é extremamente proveitosa para o progresso e o bem-estar da família humana", concluiu.

Sede da ONU


Fonte: http://www.acidigital.com

terça-feira, 12 de julho de 2011

O Combate Espiritual segundo São Bento (480-547)

O resumo de toda a Lei de Deus está no mandamento do amor: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo”. O pecado nos leva a perverter esta ordem: Amar a si mesmo e as coisas acima do próximo, julgando-se igual a Deus. A Luta Espiritual nos leva a renunciar a esta idolatria do “eu” procurando a libertação do pecado e a volta ao verdadeiro amor. É isto que significa as inúmeras passagens de Jesus: perder para ganhar, últimos serão os primeiros, servo se torna Senhor, e mesmo o magníficat: derruba os poderosos de seu trono e eleva os humildes.

As três brechas


São Bento encontrou três brechas por onde o inimigo pode entrar em nosso coração. A luta espiritual acontece aí nestes lugares de maior fragilidade humana e espiritual. É nestas brechas que precisamos maior vigilância.

Primeira brecha: A COBIÇA


É a idolatria das coisas. Por exemplo, fazer do dinheiro um deus. É o apego às coisas da terra. São Bento coloca como símbolo desta brecha o porco, pois seu focinho está sempre ligado ao chão. Curioso observar no Evangelho que o filho pródigo, após ter gastado todos os seus bens, foi trabalhar no meio dos porcos. Nesta brecha a luta acontece na reorientação dos desejos. É preciso conquistar uma atitude de oblação, de generosidade, desapego. É neste sentido que os religiosos fazem o voto de pobreza.

Segunda brecha: A VAIDADE


É a idolatria do outro como objeto de prazer. É a necessidade de ser reconhecido e amado distorcida, pois esquece da relação de fraternidade com o próximo e pensa apenas em si mesmo. A vaidade se torna neste caso motivação até de coisas boas, mas no fundo está o apego idólatra aos elogios e a toda espécie de prazer. É fazer tudo só pelo interesse de ocupar o primeiro lugar, ser bem visto pelos outros, elogiado, ter status, ser admirado. Aqui São Bento usa o símbolo do Pavão. É preciso reorientar esta necessidade natural e boa de ser reconhecido e amado. É dizer com sua vida e todo o seu coração: Senhor, vosso é o Reino, o Poder e a Glória. Se na primeira brecha, a atitude de desapego era uma garantia de vitória, nesta segunda brecha é necessário perseguir a atitude da solidariedade, do diálogo, da comunhão com Deus e com próximo. Para isso é fundamental a mansidão e a simplicidade. É neste sentido, de reorientar todos os afetos para o serviço da comunhão, que os religiosos fazer voto de castidade.

Terceira brecha: O ORGULHO


É querer dominar tudo para si. Ser um verdadeiro deus. É a idolatria de “si mesmo”. Aqui São Bento ilustra com o símbolo da águia. O orgulho é a origem de todos os pecados. É pelo orgulho que o homem se separa de Deus e procura sua independência. É necessário perseguir a virtude da humildade. Na luta espiritual, às vezes Deus nos da a graça da humilhação (Cf. Eclo 2) como uma espécie de exercício para crescermos na humildade e vencermos a brecha do orgulho. Neste sentido os religiosos fazem o voto de obediência.

Todas estas brechas estão descritas em Gn 1-11


1 COBIÇA: Idolatria das coisas (árvore, frutos…)

2 VAIDADE: Idolatria do outro como objeto (Caim)

3 ORGULHO: Idolatria de si mesmo (sereis deuses…)

Jesus venceu todas estas brechas (Cf. Mt 4,1-10)


1. Cobiça: estar seguro contra a falta de alimento

2. Vaidade: fazer um milagre diante das multidões

3. Orgulho: dominar o mundo

Joio e trigo misturados no coração. É preciso reorientar os desejos de acordo com o amor segundo o qual fomos criados:


1. Cobiça X desejo natural de viver, produzir, inventar

2. Vaidade X desejo natural de ser reconhecido, amado

3. Orgulho X desejo natural de organizar, dirigir

segunda-feira, 11 de julho de 2011

A Vida de São Bento

Vida de São Bento


Por ocasião da dedicação do Mosteiro de Monte Cassino em 1964, após sua reconstrução, o Papa Paulo VI proclamou São Bento (ca. 480 - ca. 547) patrono principal de toda a Europa. O título, apesar de um pouco exagerado, é verdadeiro sob vários aspectos. São Bento não construiu o Mosteiro de Monte Cassino com a intenção de salvar a cultura, mas, de fato, os mosteiros que depois seguiram a sua Regra foram lugares onde o conhecimento e os manuscritos foram preservados. Por mais de seis séculos, a cultura cristã da Europa medieval praticamente coincidiu com os centros monásticos de piedade e estudo.

São Bento não foi o fundador do monaquismo cristão, tendo vivido quase três séculos depois do seu surgimento no Egito, na Palestina e na Ásia Menor. Tornou-se monge ainda jovem e desde então aprendeu a tradição pelo contato com outros monges e lendo a literatura monástica. Foi atraído pelo movimento monástico, mas acabou dando-lhe novos e frutuosos rumos. Isto fica evidente na Regra que escreveu para os mosteiros, e que ainda hoje é usada em inúmeros mosteiros e conventos no mundo inteiro.
Mosteiro de São bento (São Paulo)


A tradição diz que São Bento viveu entre 480 e 547, embora não se possa afirmar com certeza que essas datas sejam precisas do ponto de vista histórico. Seu biógrafo, São Gregório Magno, papa de 590 a 604, não registra as datas de seu nascimento e morte, mas se refere a uma Regra escrita por Bento. Há discussões com relação à datação da Regra, mas parece haver consenso de que tenha sido escrita na primeira metade do século VI. São Gregório escreveu sobre São Bento no seu Segundo Livro dos Diálogos, mas seu relato da vida e dos milagres de Bento não pode ser encarado como uma biografia no sentido moderno do termo. A intenção de Gregório ao escrever a vida de Bento foi a de edificar e inspirar, não a de compilar os detalhes de sua vida quotidiana. Buscava mostrar que os santos de Deus, em particular São Bento, ainda operavam na Igreja Cristã, apesar de todo o caos político e religioso da época.

Por outro lado, seria falso afirmar que Gregório nada apresenta em seu texto sobre a vida e a obra de Bento. De acordo com os Diálogos de São Gregório, Bento (e sua irmã gêmea, Escolástica) nasceu em Núrsia, um vilarejo no alto das montanhas, a nordeste de Roma. Seus pais o mandaram para Roma a fim de estudar, mas ele achou a vida da cidade eterna degenerada demais para o seu gosto. Por conseguinte, fugiu para um lugar a sudeste de Roma, chamado Subiaco, onde morou como eremita por três anos, com o apoio do monge Romano. Foi então descoberto por um grupo de monges que o incitaram a se tornar o seu líder espiritual. Mas o seu regime logo se tornou excessivo para os monges indolentes, que planejaram então envenená-lo. Gregório narra como Bento escapou ao abençoar o cálice contendo o vinho envenenado, que se quebrou em inúmeros pedaços. Depois disso, preferiu se afastar dos monges indisciplinados. São Bento estabeleceu doze mosteiros com doze monges cada, na região ao sul de Roma. Mais tarde, talvez em 529, mudou-se para Monte Cassino, 130 km a sudeste de Roma; ali destruiu o templo pagão dedicado a Apolo e construiu seu primeiro mosteiro. Também ali escreveu sua Regra para o Mosteiro do Monte Cassino, já prevendo que ela poderia ser usada em outros lugares. Os 38 pequenos capítulos do Segundo Livro dos Diálogos contêm vários episódios da vida e dos milagres de São Bento. Algumas passagens dizem que podia ler o pensamento das pessoas, outras mencionam feitos miraculosos, como quando fez brotar água de uma rocha e um discípulo andar sobre a água; outra passagem menciona um jarro de óleo que nunca se esgotava.

As histórias de milagres fazem eco aos acontecimentos da vida de certos profetas de Israel, e também da vida de Jesus. A mensagem é clara: a santidade de Bento é como a dos santos e profetas de antigamente, e Deus não abandonou o seu povo, mas continua a abençoá-lo com homens santos. Bento deve ser encarado como um líder monástico, não como um erudito. Provavelmente conhecia bem o latim, o que lhe dava acesso aos escritos de Cassiano e outros, incluindo regras e sentenças. Sua Regra é o único texto conhecido de Bento, mas é suficiente para manifestar a habilidade genial com que cristalizou o melhor da tradição monástica e trouxe-a para o Ocidente. Gregório apresenta Bento como modelo de santo que foge da tentação para levar uma vida de atenção à presença de Deus. Através de um esquema equilibrado de vida e oração, Bento chegou ao ponto de se aproximar da glória de Deus. Gregório narra à visão que Bento teve quando sua vida chegava ao fim: "De súbito, na calada da noite, olhou para cima e viu uma luz que se difundia do alto e dissipava as trevas da noite, brilhando com tal esplendor que, apesar de raiar nas trevas, superava o dia em claridade. Nesta visão, seguiu-se uma coisa admirável, pois, como depois ele mesmo contou também o mundo inteiro lhe apareceu ante os olhos, como que concentrado num só raio de sol" (cap. 34). São Bento, o monge por excelência, levou um tipo de vida monástica que o conduziu à visão de Deus.

Oração de São Bento


A Cruz sagrada seja minha Luz
Não seja o Dragão meu guia
Retira-te Satanás
Nunca me aconselhe coisas vãs
É mau o que tu me ofereces
Bebe tu mesmo do teu veneno
Rogai por nós bem aventurado São Bento
Para que sejamos dignos das promessas de Cristo


Em Latim


Crux Sacra Sit Mihi Lux
Non Draco Sit Mihi Dux
Vade Retro Sátana
Nunquam Suade Mihi Vana
Sunt Mala Quae Libas
Ipse Venena Bibas



A medalha de São Bento
A Medalha


Explicação do anverso


Nas antigas medalhas aparece, rodeando a figura do santo, este texto latino em frase inteira: Eius in obitu nostro presentia muniamur. "Que a hora de nossa morte, nos proteja tua presença". Nas medalhas atuais, freqüentemente desaparece a frase que é substituída por esta: Crux Sancti Patris Benedicti, ou toda via, mais simplesmente, pela inscrição: Sanctus Benedictus.


Explicação do reverso


1. Em cada um dos quatro lados da cruz: C. S. P. B.
Crux Sancti Patris Benedicti. Cruz do Santo Pai Bento


2. Na vertical da cruz: C. S. S. M. L.
Crux Sacra Sit Mihi Lux. Que a Santa Cruz seja minha luz


3. Na horizontal da cruz: N. D. S. M. D.
Non Draco Sit Mihi Dux. Que o demônio não seja o meu guia


4. Começando pela parte superior, no sentido do relógio: V. R. S. Vade Retro Satana. Afasta-te Satanás - N. S. M. V. Non Suade Mihi Vana. Não me aconselhes coisas vãs - S. M. Q. L. Sunt Mala Quae Libas. + mau o que me ofereces - I. V. B. Ipse Venena Bibas. Bebe tu mesmo teu veneno.


Na parte superior, em cima da cruz aparece a palavra PAX e nas mais antigas IESUS


História da medalha de São Bento


Sem dúvida a medalha de São Bento é uma das mais veneradas pelos fiéis. A ela se atribuem poder e remédio, seja contra certas enfermidades do homem e animais, ou contra os males que podem afetar o espírito, como as tentações do poder do mal. + freqüente também colocá-la nos cimentos de novos edifícios como garantia de segurança e bem-estar de seus moradores.


A origem desta medalha se fundamenta em uma verdade e experiência do cunho espiritual que aparece na vida de São Bento tal como a descreve o papa São Gregório no Livro II dos Diálogos. O pai dos monges usou com freqüência do sinal da cruz como sinal de salvação, de verdade, e purificação dos sentidos. São Bento quebrou o vaso que continha veneno com o sinal da cruz feito sobre ele. Quando os monges eram perturbados pelo maligno, o santo mandava que fizessem o sinal da cruz sobre seus corações. Uma cruz era o selo dos monges na carta de sua profissão quando não sabiam escrever. Tudo isso não faz mais que convidar seus discípulos a considerar a santa cruz como sinal benfeitor que simboliza a paixão salvadora do Senhor, porque se venceu o poder do mal e da morte.


A medalha tal como hoje a conhecemos, remonta ao século XII ou XIV ou talvez a uma época anterior de sua história. No século XVII, em Nattenberg, na Baviera, em um processo contra umas mulheres acusadas de bruxaria, elas reconheceram que nunca haviam podido influir malignamente contra o mosteiro beneditino de Metten porque estava protegido por uma cruz. Feitas, com curiosidade, investigações sobre essa cruz, descobriram que nas paredes do mosteiro estavam pintadas várias cruzes com algumas siglas misteriosas que não puderam ser decifradas. Continuando a investigação entre os códices da antiga biblioteca do mosteiro, foi encontrada a chave das misteriosas siglas em um livro do século XIV. Assim sendo, entre as figuras aparece uma de São Bento segurando com a mão direita uma cruz que continha parte do texto que se encontrava só em suas letras iniciais nas hastes das cruzes pintadas nas paredes do mosteiro de Metten, e na esquerda portava una bandeirola com a continuação do texto que completava todas as siglas até àquele momento misteriosas.


Muito mais tarde, já no século XX, foi encontrado outro desenho em um manuscrito do mosteiro de Wolfenbüttel representando um monge que se defende do mal, simbolizado numa mulher com uma cesta cheia de todas as seduções do mundo. O monge levanta contra ela uma cruz que contém a parte final do texto. (Mais) possível que a existência de tal crença religiosa não seja fruto do século XIV senão muito anterior.


(No século) XIV, em março de 1742, (fora aprovado) o uso da medalha que havia sido tachada anteriormente, por alguns, de superstição. Dom Gueranger, liturgista e fundador da Congregação Beneditina de Solesmes, disse que o costume de a imagem de são Bento aparecer com a santa Cruz, confirma a força que esse poder obteve em suas mãos. A devoção dos fiéis e as muitas graças obtidas por ela é a melhor mostra de seu autêntico valor cristão.


"São Bento de Núrsia, detalhe de um afresco de Fra Angelico, (1395-1455) Museu de São Marcos, Florença"




Fonte: http://www.cot.org.br

sexta-feira, 8 de julho de 2011

Por que os papas eram coroados?

Nos dias antigos [...] observava-se um costume piedoso na Quinta-feira da Ascensão.


Em Roma, a Quinta-feira da Ascensão era sempre celebrada na Basílica de São Pedro (no Vaticano). O Santo Padre o Papa celebrava o Santo Sacrifício da Missa no Altar-mor sobre a tumba de São Pedro.

Depois da Santa Missa, os cardeais se reuniam em torno do Papa para a cerimônia de coroação. Nesta cerimônia os cardeais coroavam solenemente o Papa como o Vigário de Cristo na terra. Então o Papa e os cardeais iam até a Basílica de São João do Latrão – a catedral da Igreja de Roma – Mãe e Senhora de todas as Igrejas.

O que isto significa?


Nosso Senhor Jesus Cristo é o verdadeiro Rei e Sumo-sacerdote da terra e do céu. Ele é o Rei da glória. Porém Ele escolheu São Pedro e deu a ele um nome divino usado por Deus nos salmos: Pedra ou Petrus. Ele também confiou a Pedro as chaves do Reino e a jurisdição universal de toda a terra: “Tudo o que ligares na terra”. Eu gostaria de lembrar aos orientais separados que Pedro não era somente o patriarca do ocidente (Cristo não disse, “Tudo o que ligares na Europa”), mas o Sumo Pontífice por toda a terra.

Então desta forma, a Quinta-feira da Ascensão marca o [início do] reino terreno de São Pedro.


Quando Cristo deixa a terra por meio da Ascensão para a direita do Pai, São Pedro neste momento se torna oficialmente o “Vigário de Cristo na terra”. Vigário, é claro, significa “no lugar de”, como um “Vice-presidente”.

Assim, Pedro não é Deus. Ele não é Jesus Cristo. Ele não é nem mesmo um anjo. Certamente ele não era imaculado. Porém, Pedro é divinamente apontado líder da Igreja de Cristo na terra. Ele reina para o seu Senhor no céu. Isto é verdade para todos os papas que sucederam São Pedro nesta missão. Em seguida os cardeais simbolicamente coroavam o Sucessor de São Pedro neste dia para representar esta verdade profundamente bíblica da missão e do papel de São Pedro.

[...]


[...] Observação do blog

quinta-feira, 7 de julho de 2011

O Papa inicia período de repouso em Castelgandolfo e escreverá a 3ª parte de Jesus de Nazaré

O Evangelho estará na mala de viagens para férias, assegura


O Papa Bento XVI começa nesta quinta-feira 7 de julho pela tarde um tempo de repouso na residência pontifícia de Castel Gandolfo, onde escreverá a terceira parte de sua obra "Jesus de Nazaré".

Conforme informa o jornal italiano Il Corriere della Sera, o Santo Padre dedicará esta terceira parte ao relato dos Evangelhos sobre a infância de Jesus.

Espera-se a conclusão da obra para antes de sua viagem à Alemanha em setembro para que a mesma possa ser impressa antes do Natal ou ao começo de 2012.

A Rádio Vaticano afirmou que durante todo o mês de julho estão suspensas as audiências gerais das quartas-feiras, que Bento XVI retomará no dia 3 de agosto. Entretanto, o Papa seguirá presidindo a oração do Ângelus dominical desde a residência de Castel Gandolfo.

Em sua saudação aos fiéis em italiano ao concluir a oração do Ângelus dominical, o Papa revelou o início deste período de repouso e desejou a todos "um bom domingo e um bom mês de julho" para logo assegurar que presidirá a oração Mariana no próximo domingo 10.

Dirigindo-se logo aos peregrinos em francês, o Santo Padre assinalou que o tempo de férias é um espaço no qual "se deve viver de uma maneira nova nossas relações com os mais próximos, com Deus, dando tempo para isso".

"Jesus –continuou Bento XVI– nos convida a aproximar-nos d’Ele, a confiar-nos a Ele. A fé em sua presença nos dá a serenidade daquele que se sabe sempre amado pelo Padre".

Por isso, exortou finalmente o Papa, "demos um amplo espaço à leitura da Palavra de Deus, particularmente do Evangelho que não devem deixar de colocar em suas bagagens em férias!"
















Fonte: www.acidigital.com

Cardeal Scherer: a Igreja não é homofóbica

Em seu artigo mais recente que leva por título “Parada Gay: respeitar e ser respeitado”, divulgado no site da Arquidiocese de São Paulo este 28 de junho, o Cardeal Odilo Pedro Scherer explica que o mesmo direito constitucional que ampara o respeito às manifestações a favor dos homossexuais, “também garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas”. “Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar”, adverte Dom Scherer negando as acusações de que a Igreja seja uma organização homofóbica.“Eu não queria escrever sobre esse assunto; mas diante das provocações e ofensas ostensivas à comunidade católica e cristã, durante a Parada Gay deste último domingo, não posso deixar de me manifestar em defesa das pessoas que tiveram seus sentimentos e convicções religiosas, seus símbolos e convicções de fé ultrajados”, afirma o Cardeal no parágrafo inaugural do seu artigo. “Ficamos entristecidos quando vemos usados com deboche imagens de santos, deliberadamente associados a práticas que a moral cristã desaprova e que os próprios santos desaprovariam também. Histórias romanceadas ou fantasias criadas para fazer filmes sobre santos e personalidades que honraram a fé cristã não podem servir de base para associá-los a práticas alheias ao seu testemunho de vida”. Falando sobre São Sebastião, um dos santos ridicularizados pelo desfile homossexual, Dom Odilo afirmou que “foi um mártir dos inícios do Cristianismo; a tela produzida por um artista cerca de 15 séculos após a vida do santo, não pode ser usada para passar uma suposta identidade homossexual do corajoso mártir”. “Por que não falar, antes, que ele preferiu heroicamente sofrer as torturas e a morte a ultrajar o bom nome e a dignidade de cristão e filho de Deus?!”, questionou o purpurado. Criticando o slogan “Nem santo salva do vírus da AIDS”, também usado na parada gay no centro da capital paulista no domingo 26, O cardeal ressaltou que “o que pode salvar mesmo é uma vida sexual regrada e digna. É o que a Igreja defende e convida todos a fazer. O uso desrespeitoso da imagem dos santos populares é uma ofensa aos próprios santos, que viveram dignamente; e ofende também os sentimentos religiosos do povo”. “Ninguém gosta de ver vilipendiados os símbolos e imagens de sua fé e seus sentimentos e convicções religiosas. Da mesma forma, também é lamentável o uso desrespeitoso da Sagrada Escritura e das palavras de Jesus – “amai-vos uns aos outros” – como se ele justificasse, aprovasse e incentivasse qualquer forma de “amor”; o “mandamento novo” foi instrumentalizado para justificar práticas contrárias ao ensinamento do próprio Jesus”, acrescentou o arcebispo. Mais adiante, frisando que a Igreja católica refuta a acusação de ser “homofóbica”, o prelado instou a que sejam investigados os fatos de violência contra homossexuais, para ver se estão relacionados com grupos religiosos católicos. Dom Scherer recalcou que “a Igreja Católica desaprova a violência contra quem quer que seja; não apoia, não incentiva e não justifica a violência contra homossexuais. E na história da luta contra o vírus HIV, a Igreja foi pioneira no acolhimento e tratamento de soro-positivos, sem questionar suas opções sexuais; muitos deles são homossexuais e todos são acolhidos com profundo respeito”. “Grande parte das estruturas de tratamento de aidéticos está ligada à Igreja. Mas ela ensina e defende que a melhor forma de prevenção contra as doenças sexualmente transmissíveis é uma vida sexual regrada e digna”, acrescentou. “Quem apela para a Constituição Nacional para afirmar e defender seus direitos, não deve esquecer que a mesma Constituição garante o respeito aos direitos dos outros, aos seus símbolos e organizações religiosas. Quem luta por reconhecimento e respeito, deve aprender a respeitar”, asseverou o Cardeal. “Como cristãos, respeitamos a livre manifestação de quem pensa diversamente de nós. Mas o respeito às nossas convicções de fé e moral, às organizações religiosas, símbolos e textos sagrados, é a contrapartida que se requer”, esclareceu também Dom Odilo em seu último artigo. “A Igreja Católica tem suas convicções e fala delas abertamente, usando do direito de liberdade de pensamento e de expressão. Embora respeitando as pessoas homossexuais e procurando acolhê-las e tratá-las com respeito, compreensão e caridade, ela afirma que as práticas homossexuais vão contra a natureza; essa não errou ao moldar o ser humano como homem e mulher”, assegurou. Dom Odilo afirma ainda que a sexualidade não depende de “opção”, mas é um fato de natureza e dom de Deus, com um significado próprio, que precisa ser reconhecido, acolhido e vivido coerentemente pelo homem e pela mulher. O arcebispo da capital paulista afirmou que hoje “mais do que nunca”, “todos concordam que o desrespeito às leis da natureza biológica dos seres introduz neles a desordem e o descontrole nos ecossistemas; produz doenças e desastres ambientais e compromete o futuro e a sustentabilidade da vida”. “Ora, não seria o caso de fazer semelhante raciocínio, quando se trata das leis inerentes à natureza e à identidade do ser humano? Ignorar e desrespeitar o significado profundo da condição humana não terá consequências? Será sustentável para o futuro da civilização e da humanidade?”, indagou o Cardeal Scherer. Finalmente o purpurado afirma que “as ofensas dirigidas não só à Igreja Católica, mas a tantos outros grupos cristãos e tradições religiosas não são construtivas e não fazem bem aos próprios homossexuais, criando condições para aumentar o fosso da incompreensão e do preconceito contra eles”. “E não é isso que a Igreja Católica deseja para eles, pois também os ama e tem uma boa nova para eles; e são filhos muito amados pelo Pai do céu, que os chama a viver com dignidade e em paz consigo mesmos e com os outros”, concluiu Dom Odilo.


Fonte: www.acidigital.com
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