quarta-feira, 3 de outubro de 2012

O Tempo: construção da existência do homem de instantes em instantes em direção a Deus


         ''Senhor quem é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho? Pouco abaixo dos anjos o fizeste, coroando-o de glória e esplendor. Caríssimos 
         Irmãos que caras palavras são estas do Salmo Oitavo que, associadas a outras, são dignas de aspirações existenciais. Ei-las: Há um tempo para tudo debaixo da terra. Tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo para plantar e tempo para colher. Tempo de sorrir e tempo de chorar. Tempo de fazer guerra e tempo para dá a paz'. A Liturgia ferial da semana passada colocava em nossos ouvidos estas verdades do Eclesiastes? Que é o tempo? Para que o tempo?

       
           Ligeiramente, às vezes, exclamamos: ''Como passou ligeiro o tempo!'' Há uma gama de realidades que o constitui: as lembranças, as analogias, as marcas de expressão, o crescimento, as circunstâncias, as perdas, as relações, as amizades. Bendito o tempo. Sem ele, o que seria da nossa existência? Precisamos dele para nos organizarmos nos diversos âmbitos que envolvem esta vida de sonhadores.

       
       Mas, irmãos meus, na realidade tudo aqui é tempo quer seja de um ângulo, quer seja do outro. O Tempo é o intervalo entre o homem, as suas concepções e ações. Que palavras caras a do Eclesiastes! Tempo para isto! Tempo para aquilo! Os nossos pais e avós costumam exclamar:' Deus é o Senhor do tempo!' Esta, deveras, é possuidora duma verdade de fé augustíssima. Ele,só Ele! Rege o tempo, portanto é Senhor. Na natureza soube caracterizá-lo mediante as quatro estações assinalando-as com as características peculiares. Para a primavera o perfume das flores e a sua beleza, para o Outono o cair discreto das folhas caducas e o desabrochamento dos frutos, para o inverno as chuvas para alagar os mananciais, irrigar os solos, para o Verão que os raios do Sol fossem mais expressivos. Ele é a Sabedoria! 

        
      Eis que chegada a plenitude dos tempos, Ele, que é o 'Alpha e Ômega', cujo princípio não existe e tampouco fim. O Sempiterno entrou nas realidades finitas do ''Kronos''' para que no seu ''kairós'' o bicho-adão torna-se imortal, transcendente aos demais seres vivos. Ei-lo: o Verbo encarnado. E, como diz a Escritura, precisamente o Prólogo do Evangelho de São João: ''Ela (a Palavra) fez tudo, sem Ela nada do que existe seria feito.'' Já noutra passagem exclama-se: ''Nele nos movemos, existimos e somos!''

      
       Irmão meu da pia batismal, cujas entranhas, é o útero, a Mãe Católica, a Santa Igreja. A nossa vida é superabundante a esta peregrinação. No Adão Jesus Cristo, Deus de Deus santíssimo, recebemos a imortalidade e com ela nos tornamos coerdeiros do nosso Santíssimo Salvador. Ele que não é tempo, mas o Dia sem ocaso. A Eternidade, o Cristo Total, no qual permanece tu e eu. Lembremos do dia solene da Ascenção de Jesus. Subira Ele e assentara-se à destra do Pai, por isso dissera: ''Vou lhes preparar um lugar'' Quando vai o nosso Salvador glorificado, o Adão Novo, Cristo Jesus, vai a humanidade do Adão primeiro, recapitulada nos méritos da Páscoa, como nos faz rezar a Igreja: ' Ó Deus, Ascensão do vosso Filho já é a nossa vitória!' A sede bendita do'' antrophos'' não é sacidada nesta vida. É sempre engano. Lembremo-nos da mulher da Samaria que sempre ia ao poço de Jacó. Lembremos de nós quando das vezes que pomos o nosso cântaro no poço das vaidades. ''Vanitas vanitarum!'' Ó vaidade das vaidades! Tudo é vaidade!'' Tudo desta vida é ilusão. ''Vai-se uma geração e logo após vem outra'' 

       É no Filho de Deus que a sede nossa é saciada. É esta a busca dos homens de sempre que nas vãs filosofias e ideologias de autossuficiência julgam, aparentemente, gozar da satisfação. Isto é vidinha! É marasmo! No tempo, busquemos o consumador da nossa fé como os três primeiros, dos doze, Pedro, André e João acharam. ''Era por volta das quatro da tarde!''

Oxalá vejamos o Dia do Senhor em que, como diz o Apocalipse de São João, ''não precisará mais da luz do sol, pois Ele mesmo será a luz!'' Ao primogênito dentre os mortos, louvor e a eternidade. Amém!
Foto: O Tempo: construção da existência do homem de instantes em instantes.
   ''Senhor quem é o homem para dele assim vos lembrardes e o tratardes com tanto carinho? Pouco abaixo dos anjos o fizeste, coroando-o de glória e esplendor. Caríssimos irmãos que caras palavras são estas do Salmo Oitavo que, associadas, às outras são dignas de aspirações existenciais. Ei-las: ''Há um tempo para tudo debaixo da terra. Tempo de nascer e tempo de morrer. Tempo para plantar e tempo para colher. Tempo de sorrir e tempo de chorar. Tempo de fazer guerra e tempo para dá a paz''. A Liturgia ferial da semana passada colocava em nossos ouvidos estas verdades do Eclesiastes? Que é o tempo? Para que o tempo?
   Ligeiramente, às vezes, exclamamos: ''Como passou ligeiro o tempo!'' Há uma gama de realidades que o constitui: as lembranças, as analogias, as marcas de expressão, o crescimento, as circunstâncias, as perdas, as relações, as amizades. Bendito o tempo. Sem ele, o que seria da nossa existência? Precisamos dele para nos organizarmos nos diversos âmbitos que envolvem esta vida de sonhadores.
   Mas, irmãos meus, na realidade tudo aqui é tempo quer seja de um ângulo, quer seja do outro. O Tempo é o intervalo entre o homem, as suas concepções e ações. Que palavras caras a do Eclesiastes! Tempo para isto! Tempo para aquilo! Os nossos pais e avós costumam exclamar:' Deus é o Senhor do tempo!' Esta, deveras, é possuidora duma verdade de fé augustíssima. Ele,só Ele! Rege o tempo, portanto é Senhor. Na natureza soube caracterizá-lo mediante as quatro estações assinalando-as com as características peculiares. Para a primavera o perfume das flores e a sua beleza, para o Outono o cair discreto das folhas caducas e o desabrochamento dos frutos, para o inverno as chuvas para alagar os mananciais, irrigar os solos, para o Verão que os raios do Sol fossem mais expressivos. Ele é a Sabedoria! 
    Eis que chegada a plenitude dos tempos, Ele, que é o 'Alpha e Ômega', cujo princípio não existe e tampouco fim. O Sempiterno entrou nas realidades finitas do ''Kronos''' para que no seu ''kairós'' o bicho-adão torna-se imortal, transcendente aos demais seres vivos. Ei-lo: o Verbo encarnado. E, como diz a Escritura, precisamente o Prólogo do Evangelho de São João: ''Ela (a Palavra) fez tudo, sem Ela nada do que existe seria feito.'' Já noutra passagem exclama-se: ''Nele nos movemos, existimos e somos!''
    Irmão meu da pia batismal, cujas entranhas, é o útero, a Mãe Católica, a Santa Igreja. A nossa vida é superabundante a esta peregrinação. No Adão Jesus Cristo, Deus de Deus santíssimo, recebemos a imortalidade e com ela nos tornamos coerdeiros do nosso Santíssimo Salvador. Ele que não é tempo, mas o Dia sem ocaso. A Eternidade, o Cristo Total, no qual permanece tu e eu. Lembremos do dia solene da Ascenção de Jesus. Subira Ele e assentara-se à destra do Pai, por isso dissera: ''Vou lhes preparar um lugar''  Quando vai o nosso Salvador glorificado, o Adão Novo, Cristo Jesus, vai a humanidade do Adão primeiro, recapitulada nos méritos da Páscoa, como nos faz rezar a Igreja: ' Ó Deus, Ascensão do vosso Filho já é a nossa vitória!' A sede bendita do'' antrophos'' não é sacidada nesta vida. É sempre engano. Lembremo-nos da mulher da Samaria que sempre ia ao poço de Jacó. Lembremos de nós quando das vezes que pomos o nosso cântaro no poço das vaidades. ''Vanita vanitarum!'' Ó vaidade das vaidades! Tudo é vaidade!'' Tudo desta vida é ilusão. ''Vai-se uma geração e logo após vem outra'' 
  É no Filho de Deus que a sede nossa é saciada. É esta a busca dos homens de sempre que nas vãs filosofias e ideologias de autossuficiência julgam, aparentemente, gozar da satisfação. Isto é vidinha! É marasmo! No tempo, busquemos o consumador da nossa fé como os três primeiros, dos doze, Pedro, André e João acharam. ''Era por volta das quatro da tarde!''
  Oxalá vejamos o Dia do Senhor em que, como diz o Apocalipse de São João, ''não precisará mais da luz do sol, pois Ele mesmo será a luz!'' Ao primogênito dentre os mortos,  louvor e a eternidade. Amém!

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