domingo, 2 de setembro de 2012

XXII DOMINGO DO TEMPO COMUM- O MANDAMENTO DO SENHOR!



   Irmãos caríssimos, ‘’eleitos segundo a presciência de Deus Pai para obedecer a Jesus Cristo e participar da bênção da aspersão do seu sangue, graça e paz vos sejam concedidas abundantemente!’’ Com esta exortação do apóstolo São Pedro principiamos nossa reflexão dominical em que a Igreja celebra, na via á Páscoa eterna, o vigésimo segundo domingo do Tempo Ordinário. À priori detenhamo-nos em tal indagação: O que é superior? O homem ou a lei?Ou, então, acaso não deve a lei está disposta a servir ao antrophos, para este, sempre, encontrar a vida? A disposição necessária para a sua existência enquanto, aqui, dentre muitos, ele é um transeunte? A hodierna Liturgia dos Mistérios do Corpo e Sangue do Senhor nos leva a pensar acerca dessas interrogações.

       À primeira leitura, extraída do Livro do Deuteronômio, ouvimos Moisés, falando para  Israel: ‘’Ouve os decretos que eu vos ensino a cumprir, para que, fazendo-o, vivais e entreis na posse da terra prometida pelo Senhor Deus de vossos pais. Nada acrescenteis, nada tireis, á palavra que vos digo, mas guardai os mandamentos do Senhor vosso Deus que vos prescrevo.’’ Eis diletíssimos! Eis aqui o coração da fé dos nossos irmãos judeus. Consiste em guardar o Decálogo, observá-lo, aprazendo-se em fazer a vontade de Deus. Constantemente na Escritura, faz memória dos feitos, dos poderios que Adonai fizera pelo povo, como diz o salmista, ‘’que o Senhor escolheu por sua herança.’’

    O credo do judeu explica a predileção de Deus por este pequenino povo e, também, para que o mesmo sempre corresponda fidedignamente. ‘’Ouve, ó Israel! O Senhor teu Deus é o único Senhor! Amá-lo-á de todo o coração, com todas as tuas forças, com todo o teu entendimento!`` E isto perdurara por todas as gerações. O Deus mesmíssimo que chamara o estrangeiro Abrão a ser patriarca duma posteridade, que escolheu para si Jacó e Isaac, que libertara com braço poderoso a sua raça eleita da escravidão egípcia. Escutai e sabei: este é o nosso Deus e que, como registra a Escritura, ‘’é um Deus ciumento!``

         Os mandamentos, a Lei, sancionada em o Sinai  fora estabelecida para que o povo da aliança antiga encontrasse sempre a vida! Por isso mesmo canta o Livro dos Salmos: ‘’A Lei do Senhor Deus é perfeita, conforto para alma. Suas palavras são mais doces que o mel, que o mel que sai dos favos das abelhas!’’ Mas, sabemos nós, o quanto Israel deixou-se infectar pela idolatria, cultuando aos falsos deuses, ao bezerro de ouro, posto no Templo ‘’um deus tão ínfimo!’’ Diz a Palavra de Deus, quanto àqueles: ‘’têm olhos, mas não podem ver, têm ouvidos, mas não podem ouvir, têm nariz, mas não podem cheirar! Trocaram Deus por um bezerro que come feno!’’ Eis a terribilíssima desgraça do Povo de Deus! Não cumprir com os mandamentos. Cair na Idolatria! A observância dos mandamentos fora querida pelo Senhor, não obstante, a infidelidade, pois doutra maneira, estariam imersos na ignorância e no pecado. A Lei de Deus consiste na prática dos mandamentos, que, por sua vez, pautam-se no entranhado Amor.

     À  segunda leitura extraída da Epístola de São Tiago é crucial para a compreensão da praxe da fé cristã. A vivência da caridade. ‘’Não somos a religião do livro, mas do Verbo encarnado!’’ Assim, em séculos remotos, exclamara o abade e teólogo São Bernardo de Claraval. O apóstolo exorta à comunidade, mediante à fé dispensada, mostrá-la através das atitudes cristãs, as ditas práticas de misericórdia. ‘’A religião pura e sem mancha diante de Deus Pai, é esta: assistir os órfãos e as viúvas em suas tribulações e não se deixar contaminar pelo mundo."
   O nosso testemunho na prática do bem, estar, concomitantemente intrínseco ao seguimento a Cristo. Diz-nos o Apóstolo dos gentios, o magno Paulo de Tarso, ‘’se não tivesse a caridade, seria como bronze que soa ou como címbalo que tine.’’ E, recordemos de Nosso Senho,r quando aos doze dissera: ‘’Nisto saberão que vós sois os meus discípulos: se amardes uns aos outros!’’ A caridade cristã não é um ato filantrópico, como se aprecia nas ONGs, em que o intento das doações é uma ato voluntário. Nunca, e jamais será, no Cristianismo. Neste a ‘’cáritas’’ é uma condição à vivência do Evangelho.’’Vês a caridade? Vês a Trindade!’’ dizia o Bispo de Hipona, Santo Agostinho.  
    No Evangelho, Jesus censura um comportamento tido como legalismo por parte da ideologia dos fariseus. Esta facção transformara toda a Lei de Deus num fardo. Os fariseus e os mestres a Lei interpretavam a Lei, como a Lei, e que, o homem, a ela, dever-se-ia condicionar a sua vida. Eram muitos os preceitos a serem cumpridos, mas atos vazios! Jesus é a máxima da Lei. Ele mesmo dissera: ‘’Eu não vim  revigorar a Lei ou os Profetas. Não vim revogá-los, mas dar-lhes pleno cumprimento.’’ Cristo, plenitude da Revelação do Pai, afirma, com a sua encarnação, morte e ressurreição, que o mandamento estabelecido desde sempre aos nossos pais é a prática do amor. Entende-lo consoante os atos benfazejos. Nosso Senhor é direto com a hipocrisia daquelas facções. ‘’De nada adianta o culto que me prestam, pois as doutrinas que ensinam são preceitos humanos.’’ Vós abandonais o mandamento de Deus para seguir a tradição dos homens.’’
     O cristão deve prezar pelas incontáveis atitudes, não porém, para receber os elogios dos homens, porque estes passam e, doutra maneira, estão sujeitos a pseudos-intentos, antes, e sobretudo, a nossa praxe cristã é ter um coração agradável a Deus a práticas que são como que passos para o céu. ‘’E o teu Pai que ver o que oculto estar dar-te-á a recompensa.’’ Jesus é incisivo também em mostrar às claras, a turba, que o seguia, que a não vivência do amor tanto para si, quanto para o próximo é o que deveras torna o homem impuro. Quando, aí, de fato, somos infieis aos santos preceitos. Glória ao Pai, ao Filho e o Espírito Santo pelos séculos dos séculos. Amém!

 

    

 

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