Sentir o peso das próprias escolhas é profundamente pedagógico
É interessante  perceber como,  atualmente, a maioria das pessoas tem uma grande  dificuldade para lidar  com as consequências de suas escolhas. Sim,  vivemos uma concreta crise  no senso de responsabilidade, em que muito  se escolhe e pouco se quer  arcar com as consequências do que se  escolhe.
É notória a necessidade  manifestada por  muitos de, consciente ou inconscientemente, sempre  procurar culpados  para justificar os próprios sofrimentos, não  aceitando que estes, muitas vezes, são diretas consequências das más  escolhas que nós  fizemos em nossa trajetória pela vida.
É muito mais fácil culpar a  alguém por  nossos infortúnios – principalmente a Deus –, contudo,  ancorado em tal  prática o coração nunca poderá verdadeiramente crescer,  pois ficará  encarcerado em um imaturo – e infantil – sistema de  autodefesa e  justificação, que retirará do ser toda a responsabilidade  pelas escolhas  realizadas, fazendo-o descarregar sobre os outros as  suas  consequências.
Precisamos, mais do que  nunca,  aprender a arcar com as consequências de nossas escolhas,  sabendo que  somos os reais protagonistas de nossa existência e que esta  só poderá acontecer com qualidade, se por ela (qualidade)  decidirmos  em cada fragmento que compõe o nosso todo.
 Faz-se real em nosso tempo  a necessidade  de fortalecer a própria vontade. Sim, de resgatar a  capacidade de  escolher com clareza, tendo diante de si a consciência  concreta das  consequências do  que se escolhe. Nossa vontade precisa  ser forte, pois  só assim ela poderá acontecer com liberdade e  segurança, sem ser  condicionada por vícios e más paixões que a deixem  opaca e fragmentada.
Faz-se real em nosso tempo  a necessidade  de fortalecer a própria vontade. Sim, de resgatar a  capacidade de  escolher com clareza, tendo diante de si a consciência  concreta das  consequências do  que se escolhe. Nossa vontade precisa  ser forte, pois  só assim ela poderá acontecer com liberdade e  segurança, sem ser  condicionada por vícios e más paixões que a deixem  opaca e fragmentada.A maturidade só poderá  fazer-se presença  na história de quem tiver honestidade o bastante para  lidar com as  reais consequências do que escolheu, pois, ao contrário, a  infantilidade  será uma contínua companheira que fará o olhar – sempre e  em tudo –  contemplar a vida sob uma ótica imprecisa e autopiedosa.
Diante disso, acredito que  os pais  precisam permitir aos filhos enfrentarem todos os sofrimentos  causados  por suas más escolhas, pois, se os ausentarem disso, eles  nunca  conseguirão crescer e acabarão aprisionados a uma intensa  imaturidade:  mimados e sem uma reta consciência das consequências  daquilo que na vida  eles realizaram o ofício de escolher.
Sentir o peso das  próprias escolhas é  profundamente pedagógico e formativo para toda e  qualquer pessoa, é  experiência que nos faz mais autônomos e livres,  para assim podermos nos  construir com responsabilidade e consciência,  como autênticos seres  humanos.
É extremamente necessária  esta  compreensão: Muito em nossa história dependerá de Deus e dos  outros,  contudo, muito também depende somente de nós e das escolhas que   fizermos e, culpar os outros pelo que em nossa vida não é tão bom não   eliminará definitivamente as dores e problemas que configuram nossos   dias.
Enfrentemos nossa história  e suas  consequências sem medo, e, aprendamos com os erros passados a   verdadeiramente construir as vitórias e realizações que o futuro reserva   para cada um de nós.
 
 

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