sexta-feira, 13 de abril de 2012

Emaús: A experiência com o Ressuscitado




 por André Fernandes
 
Ao limiar das alegrias pascais, a Igreja, por duas vezes, em sua Liturgia, enquantoEsposa do ‘’Kyrios’’ e mãe zelosa nossa , apresenta-nos essa quão solene aparição do Cristo glorioso. A primeira, escutamos na Quarta-feira na Oitava da Páscoa e a segunda no Terceiro Domingo Domingo Pascal.
    Eis! Emaús! Uma aldeia distante a ‘’sessenta estádios’’ da Cidade Santa de Jerusalém, aonde, aí, o Filho de Deus, consumou a obra da salvação com sua paixão e morte e triunfante ressurreição. Em Emaús temos um significativo encontro do Ressuscitado com dois dos seus discípulos; estes distante da comunidade dos apóstolos, isto é, Jerusalém, permanecem desesperançosos e abatidos, porque Jesus de Nazaré padecera o suplício da cruz e ainda não havia ressurgido conforme prometera quando do seu ministério messiânico.
     Quais as santas lições que abstraímos deEmaús? A Páscoa é um tempo oportuno para bem refletirmos no autêntico seguimento a Cristo. Não podemos ficar indiferentes ao evento ‘’Ressurreição’’. Cléofas e o outro discípulo deixam-se conduzir pelo fulgor do Ressuscitado, pois, é aí que renovamos o encontro pessoal com Ele. Ao ruminarmos os Atos dos Apóstolos nesses cinquenta dias do Tempo da Ressurreição, observamos o testemunho das primeiras comunidades cristãs, o testemunho intrépido dos apóstolos. Esses sinais evidenciam a presença do Cristo vivo no seio da Igreja, nascida do seu lado trespassado e no dia de Pentecostes enviada a espalhar pelos ‘’confins do mundo’’ a semente do Evangelho, anunciando, sobretudo, a centralidade da cristandade que é o Mistério Pascal.
Emaús! Aí tudo transformar-se-á a partir do Cristo que sendo o Caminho, faz-se caminheiro conosco. É o Verbo sempiterno, Revelação Plena da Lei e dos Profetas que, paulatinamente, vai mostrando aos dois o que outrora fora predito. Ao lermos e contemplarmos esta passagem da Escritura, somos introduzidos no mistério do Banquete Sacrifical da Páscoa do Senhor, lugar por excelência do encontro com ‘’Aquele que É!’’
       Nessa narrativa, apreciamos as duas mesas, nas quais entramos em comunhão com Deus. Eis que a Palavra, explica-lhes as escrituras, abre-lhes a mente e o coração e encaminha-os à mesa do sacramento pascal, a Sagrada Eucaristia, cume de todo o encontro e reconhecimento do Senhor, na ‘’fração do pão.’’
          Oxalá, esse ‘’ Tempo solene em que Cristo nossa Páscoa foi imolado’’ seja favorável à renovação da nossa mentalidade e atitudes para que sempre atentos aos sinais do Ressuscitado, digamos-lhe: ‘’Permanece conosco, pois cai a tarde e o dia já declina.’’
‘’Ressurrexitsicut dixit, Alleluia!’’

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